PPAR-αe PPAR-β/δ: Efeitos singulares sobre a plasticidade do tecido adiposo branco-marrom e potencialização da termogênese no tecido adiposo marrom de camundongos obesos
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Biologia Humana e Experimental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17507 |
Resumo: | A obesidade enquanto entidade nosológica complexa estimula a busca por tratamentos que sanem as alterações metabólicas por ela ocasionadas. Os receptores ativados por proliferador de peroxissomas (PPARs) são fatores de transcrição essenciais à adipogênese e à plasticidade do adipócito, mas o papel isolado das isoformas alfa e beta no fenômeno browning e nas alterações no tecido adiposo marrom (TAM) termogenicamente ativo ainda não está descrito. Este trabalho possui objetivo principal de avaliar os efeitos da ativação do PPAR-α ou PPAR-β/δ sobre a indução de células beges no tecido adiposo branco subcutâneo e na via termogênica do tecido adiposo marrom em camundongos C57BL/6 alimentados com dieta hiperlipídicaTodos os procedimentos foram aprovados pela Comissão de Ética para o Cuidado e Uso de Animais Experimentais do IBRAG (CEUA, protocolo Nº 034/2016). 60 animais foram aleatoriamente alocados no grupo contole (C, dieta baseada na AIN-93M para roedores, com 10% da energia derivada de lipídeos) ou no grupo hiperlipídico (HF, dieta baseada na AIN-93M para roedores, com 50% da energia derivada de lipídeos) por 10 semanas. Cada grupo foi então redividido para o início do tratamento de quatro semanas, totalizando seis grupos (n=10, cada): C, C-alfa (C acreascido de agonista PPAR-α, 2,5 mg/kg de massa corporal-MC), C-beta (C acrescido de agonista PPAR-β, 1 mg/kg MC), HF, HF-alfa (HF acrescido de agonista PPAR-α), e HF-β (HF acrescido de agonista PPAR-β).Os agonistas foram adicionados às respectivas dietas. Os animais HF apresentaram sobrepeso, intolerância oral à glicose e hipertrofia dos adipócitos. Ambos tratamentos reverteram esses parâmetros. O fenômeno browning, verificado pela presença de células beges multiloculares positivas para UCP1 e aumento da temperatura corporal, foi somente observado nos grupos tratados com agonista PPAR-α. A ativação do PPAR-α também promoveu aumento significativo da expressão do gene seletivo para o adipócito bege TMEM26, do gene efetor da termogênese UCP1 e do PRDM16, essencial para a matutenção do fenótipo bege. O aumento da expressão gênica de CIDEA concomitante à redução da expressão gênica e proteica de UCP1 nos animais tratados com PPAR-β podem justificar o predomínio do fenótipo branco nos seus adipócitos, embora com uma expressiva redução da área seccional média dessas células, o tratamento com PPAR-α também foi capaz deaumentar o gasto energético. O agonista PPAR-α aumentou ainda a expressão gênica de PPAR-α, PGC1-α, PRDM16, β3-AR, BMP-8b, PDK4 eTFAM no TAM. Esse trabalho mostra que o tratamento com agonista PPAR-β aliviou as desordens metabólicas pelo aumento da β-oxidação e melhora da tolerância à glicose, enquanto o agonista PPAR-α foi confirmado como um alvo terapêutico promissor para tratar doenças metabólicas a partir da indução de adipócitos beges e aumento da termogênese. |