Democracia militante em tempos de crise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pontes, João Gabriel Madeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Sociais::Faculdade de Direito
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Direito
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18005
Resumo: Ao redor do mundo, as democracias constitucionais vivem tempos difíceis. Populistas autoritários como Viktor Orbán, Recep Tayyip Erdoğan e Jair Bolsonaro desafiam o funcionamento regular das instituições democráticas e a sobrevivência dos direitos fundamentais. Nesse cenário, reavivou-se o interesse da academia pela democracia militante, teoria desenvolvida na década de 1930 pelo constitucionalista alemão Karl Loewenstein para descrever os mecanismos jurídicos aptos a restringir a participação de grupos, movimentos e partidos antidemocráticos na cena eleitoral. Este trabalho visa a examinar o referido conceito, de modo a reanalisar os argumentos utilizados por Loewenstein para justificar a utilização da teoria. Também aponta as principais dificuldades relacionadas à fundamentação, à aplicação e aos efeitos da democracia militante. Por fim, busca identificar, a partir da narrativa emancipatória da Constituição de 1988 e do contexto jurídico brasileiro, os valores que, quando em risco, justificam o uso de medidas de autodefesa democrática, além de identificar quais expedientes podem ser utilizados com o objetivo de proteger a nossa democracia.