Avaliação das alterações fenotípicas induzidas pela lipoxina em macrófagos derivados de diferentes tipos de tumores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Moretti, Julia Duncan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Biociências
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/22331
Resumo: A presença de inflamação no microambiente tumoral é uma das marcas registradas do câncer. Os macrófagos são células da resposta imune que atuam como moduladores da inflamação, mediando diferentes eventos no processo inflamatório. Por serem células bastante plásticas, podem assumir diferentes fenótipos dependendo do tipo de estímulo e do seu microambiente. De maneira geral, macrófagos ativados classicamente, ou macrófagos M1 possuem característica pró-inflamatória e produção de ROS e NO, importantes para o seu perfil anti tumoral. Os macrófagos ativados alternativamente, ou macrófagos M2, possuem propriedades anti-inflamatórias, induzindo o remodelamento e reparo tecidual. O microambiente tumoral é rico em macrófagos, denominados de TAM (do inglês “tumor-associated macrophage”), que apresentam um fenótipo M2 e estão diretamente relacionados a diferentes etapas do desenvolvimento tumoral, modulando a migração, invasão, angiogênese e metástase. Devido a sua alta complexidade e plasticidade, terapias que têm como foco os TAMs, particulamente aquelas que possam mudar seu perfil e reprogramar suas funções contra o tumor, são alvos promissores para o controle do câncer. Em pesquisas realizadas pelo nosso grupo, foi demonstrado que a lipoxina modifica o fenótipo de TAMs, restaurando suas propriedades citotóxicas, como a produção de ROS e NO, levando a apoptose das células tumorais. No entanto, os trabalhos até aqui conduzidos mostraram o efeito da lipoxina em TAMs oriundos apenas de um tipo tumoral, polarizados com meio condicionado de MV3, uma linhagem de célula de melanoma humano. Por isso, objetivamos neste trabalho analisar os efeitos da lipoxina no perfil fenotípico de macrófagos tumorais oriundos de diferentes tipos de tumores. Para obtenção dos TAMs, macrófagos derivados de monócitos humanos foram estimulados e diferenciados à TAM com o meio condicionado de células tumorais MV3 (linhagem celular de melanoma humano), MDAMB-231 e MCF-7 (linhagens celulares de câncer de mama), U373 (linhagem celular de gliobastoma) e PC-3 (linhagem celular de câncer de próstata). Vimos que os TAMs oriundos de diferentes tipos de tumores se assemelham quanto ao seu perfil fenotípico, assumindo características M2-like. Mostramos, ainda, que a lipoxina se mostrou eficaz na modulação deste perfil nos TAMs polarizados com M.C das linhagens de melanoma (MV3), câncer de mama (MCF-7), gliobastoma (U373) e câncer de próstata (PC-3), fazendo um switch fenotípico entre o perfil M2 para um perfil M1. Em conjunto, nossos dados sugerem que os diferentes TAMs se assemelham quanto ao seu perfil, e que o tratamento da lipoxina se mostrou eficaz em modular o fenótipo dos TAMs oriundos de diferentes tipos de tumores.