Análise dos mecanismos moleculares envolvidos nos efeitos antitumorais da lipoxina em macrófagos associados ao tumor
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Biociências |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19851 |
Resumo: | Macrófagos são células inflamatórias que podem adquirir perfis pró-inflamatórios (M1) ou anti-inflamatórios (M2). Em microambientes tumorais, a população de macrófagos pode adquirir características promotoras de tumor, sendo assim denominados macrófago associado a tumores (TAM) que exibem um perfil semelhante aos M2. Nosso grupo demonstrou que a lipoxina (LX), um importante mediador lipídico com características anti-inflamatórias, possui efeitos antitumorais ao inibir o perfil M2 em TAMs. Essas ações são seletivas e específicas para a modulação do perfil M2 de TAMs uma vez que a lipoxina não altera o perfil de macrófagos com outros fenótipos M2. Esta regulação seletiva sugere que a LX modula esses efeitos por diferentes vias de sinalização que ainda não foram estudadas. Assim, o objetivo deste estudo é investigar os mecanismos celulares e moleculares envolvidos na polarização diferencial de macrófagos, bem como os efeitos da LX na modulação destes mecanismos. Para obtenção de TAMs, os macrófagos derivados de monócitos humanos foram incubados por 72 horas com meio condicionado de MV3, uma linhagem de melanoma humano. Através de western blotting investigamos as principais vias de sinalização nos diferentes perfis de macrófagos. Primeiramente, vimos que LX diminui a ativação de ERK em TAMs e macrófagos M2 e não tem efeito nos macrófagos com perfil M1. Além disso, a LX aumenta a fosforilação de AKT em TAMs. Vimos também que a LX mantém a fosfotilação de STAT3, um importante fator de transcrição ativado nos TAMs. Analisamos, ainda, a participação do VEGF, um clássico fator pró-angiogênico, sobre a polarização de TAMs induzida pela lipoxina. Vimos que os TAMs secretam altos níves de VEGF, mas o tratamento com a LX não interfere nesta liberação. Vimos que o efeito da lipoxina na indução de um perfil M1-like em TAMs é dependente das ações do VEGF. Além disso, a LX diminui a fosforilação de VEGFR-1 e aumenta a expressão de SHP-1, uma das principais fosfatases encontradas em tumores, sugerindo que o efeito da lipoxina na modulação de VEGF em TAMs pode ser por regulação negativa de VEGFR pela SHP-1. Nossos resultados sugerem que a lipoxina modifica seletivamente a polarização de TAMs modulando importantes vias de sinalização ativadas por macrófagos no microambiente tumoral. |