Análise microbiológica das mãos de cirurgiões em um hospital público de São Luís - MA, Brasil
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20572 |
Resumo: | A antissepsia das mãos dos profissionais de saúde que atuam em um centro cirúrgico é um dos passos mais importantes no processo de assistência à saúde, uma vez que pode provocar a transferência cruzada de microrganismos potencialmente patogênicos aos sítios operatórios, sendo uma das metas mais importantes no programa de segurança do paciente. Este estudo epidemiológico transversal teve como objetivo analisar a prevalência de microrganismos nas mãos de cirurgiões de um hospital público universitário antes e depois da antissepsia cirúrgica, além de avaliar o grau de conhecimento dos cirurgiões sobre as metas de segurança do paciente. Foi colhido swab proveniente da mão dominante de cada médico, antes e depois do processo de antissepsia cirúrgica. As amostras foram colocadas em meio de transporte Stuart e entregues a um Laboratório de Análises Clínicas privado de São Luís-Maranhão. Os microrganismos foram identificados por espectrofotometria de massa (MALDI-TOF), e os testes de sensibilidade aos antimicrobianos (TSA) foram realizados. Os resultados mostraram uma frequência elevada (100%) de microrganismos antes da antissepsia das mãos, diminuindo significativamente (p<0,05) para 27,5%, após a antissepsia. Os Cocos e os Bastonetes gram-positivos foram os germes mais comumente identificados após a lavagem das mãos, seguidos das espécies de bacilos gram-negativos. A eficácia da antissepsia das mãos foi calculada em 72,5%. Paralelamente, em questionário validado, verificou-se que apenas 13,6% dos cirurgiões conheciam totalmente as seis metas internacionais de segurança do paciente, sendo a mais conhecida, por 66,7% dos avaliados, a quarta meta (assegurar cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente corretos). Concluiu-se que mesmo após a antissepsia podem permanecer microorganismos de várias espécies potencialmente patogênicas nas mãos dos cirurgiões, o que aponta para um programa de educação permanente e vigilância contínua a fim de gerar um processo de melhorias de qualidade na assistência. |