Acesso e utilização da Atenção Primária à Saúde por travestis e mulheres transexuais no Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Juliana Mendes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19915
Resumo: A Atenção Primária à Saúde, considerada como porta de entrada prioritária do sistema de saúde brasileiro, apresenta inúmeros problemas acerca do acesso e da utilização dos serviços, tornando-se, também, alvo de incontáveis trabalhos ao longo da última década. Buscas da população LGBT aos serviços de saúde são limitadas pelas situações de exclusão e discriminação, presentes na assistência à saúde. A questão de imaginar pessoas heterossexuais como principal população interfere, nesse sentido, na qualidade dos serviços oferecidos. Diante disso, o estudo teve como objetivo principal analisar o acesso e a utilização à atenção primária de saúde da população travesti e mulheres transexuais. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com uma amostra de 139 mulheres trans e travestis do projeto EVAS. Foi possível observar que mulheres trans e travestis abaixo de 35 anos têm maior presença na UBS 62,69 % (p-valor 0,042), além das que residem na capital do Rio de Janeiro, da mesma forma, têm uma elevada qualidade de acesso 62,38 % (p-valor 0,001). Não foram identificados resultados estatisticamente significantes na análise bivariada, sugerindo que as características sociodemográficas não parecem afetar o acesso e a utilização dos serviços de saúde. Este presente estudo aponta que tanto o acesso quanto a utilização à atenção primária de saúde da população travesti e de mulheres transexuais no Rio de Janeiro ainda está muito aquém do esperado. Com tudo, nos resultados, vê-se que o acesso aos serviços de saúde da população investigada deve ser incentivado, pois, assim como em outros países, a população trans sofre frequente estigmatização, de modo que é afastada dos sistemas de saúde.