A saúde da mulher e o tratamento da sífilis: narrativas de vida e contribuições para a prática profissional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Mello, Valéria Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/11416
Resumo: Trata-se de estudo descritivo de abordagem qualitativa que utilizou o método narrativa de vida. Definiu como objeto: a experiência vivenciada da mulher em relação ao tratamento da sífilis. As questões norteadoras foram: qual a experiência vivenciada por mulheres que transmitiram sífilis para os seus filhos em relação ao tratamento? Quais as dúvidas mais co-muns das mulheres em relação à sífilis? Que fatores interferem na adesão da mulher ao trata-mento da sífilis? Objetivou: identificar a experiência vivenciada por mulheres que transmitiram sífilis para seus filhos em relação ao tratamento; descrever as dúvidas mais frequentes, apresentadas pelas mulheres relacionadas ao tratamento da sífilis; discutir os fatores que inter-ferem na adesão ao tratamento da sífilis; e propor uma estratégia educativa que favoreça o esclarecimento de dúvidas de mulheres que transmitiram sífilis para os seus filhos, para esti-mular a adesão ao tratamento. O cenário de estudo foi o setor de alojamento conjunto de um Hospital Maternidade Municipal no Rio de Janeiro. As participantes foram 18 mulheres que transmitiram sífilis a seus filhos e estavam internadas no cenário de pesquisa. O estudo teve aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro. A partir da análise temática das narrativas de vida segundo Daniel Bertaux emergiram três categorias que foram discutidas a luz da teoria de transição de Afaf Meleis e do senso comum segundo Rubem Alves. O estudo evidenciou que o pré-natal é eficaz no diagnóstico da sífilis, porém não tem a mesma eficácia na prevenção da sífilis congênita. A sífilis permanece no anonimato para muitas mulheres e o seu diagnóstico traz a revelação de comportamentos con-jugais, familiares e sociais muitas vezes não conhecidos ou indesejáveis. Permanecem nesta esfera muitas dúvidas sobre a sífilis e a sífilis congênita. A enfermagem tem amplo espaço de atuação nesta temática abordando a mulher no pré-natal, parto e puerpério. Segundo a teoria de transição de Afaf Meleis a enfermeira desenvolve planejamento holístico, individualizado e contínuo e tem a competência de ajudar a mulher na realização de uma transição saudável. A transição saudável consistirá na passagem da mulher pelo processo de mudança causado pela gravidez, pela doença dela e de seu filho com respostas positivas atingindo a estabilidade antes perdida ao início do evento crítico. É necessário ainda que sejam desenvolvidas estraté-gias que atendam a mulher na questão da educação sexual para além do período gravídico puerperal.