Um olhar sobre a repetição: reprocessamentos da pop e do minimalismo em uma poética carioca e suburbana
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Artes BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Artes |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/7428 |
Resumo: | O presente trabalho articula o legado do minimalismo e da pop art norte americana das décadas de 60 e 70 com o uso da repetição na poética do artista plástico Carlos Contente no Rio de Janeiro das duas primeiras décadas do século XXI. Em um tom ficcional o autor retorna seu olhar às influências diretas de sua época de formação - o graffiti,a pichação, a stencil art em paralelo da arte Pop e a arte minimalista, tão cultuada por seus professores - referindo-se à si mesmo mais jovem pelo nome de Duplo e sua fase mais independente por Odradek. Percorre os primeiros anos de sua carreira, a fase na qual o artista começa a lançar mão do uso do estêncil para reproduzir sua carinha, ou auto-retrato pelos muros da capital fluminense, ou ocupar as paredes dos corredores universitários com desenhos feitos à mão, acompanhados do mesmo signo, agora reproduzido por um carimbo. O autor observa que este procedimento foi um reprocessamento tanto das práticas de serigrafia de Andy Warhol tanto quanto de uma leitura bem particular de um minimalismo sujo de algumas pesquisas de Richard Serra, como a do seu filme Mão agarrando chumbo ou da sua Peça Moldada vistas e lidas a partir das páginas fotocopiadas do texto de Rosalind Krauss, O duplo negativo. O texto avança e o artista vai deixando para trás a insistência na repetição pura e dura de carinhas e deixa-se perder nos desvios produzidos no interior da sua sequência; na criação de estórias muitas vezes bem humoradas, ora sarcásticas, que articulam uma cultura de história em quadrinhos e história da arte, onde as personagens desenhadas, com traço simultaneamente delicado e bizarro, em corpos absurdos, revelam os pensamentos do artista quanto a valores institucionalizados, na política ou na arte, como se estes sim fossem muito loucos. O último capítulo é um trabalho de desenhos, textos manuscritos e colagens onde o autor, através de seus alter egos carimbados retorna o olhar sobre sua própria obra, prestes a entrar em um looping infinito |