Avaliação dos impactos ambientais associados ao descarte inadequado de óleos vegetais residuais em solos Brasileiros
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Multidisciplinar BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/14329 |
Resumo: | Quando lançado diretamente no solo, o OVR ocupa os espaços que naturalmente seriam ocupados pela água e pelo ar, provocando a impermeabilização do mesmo. Adicionalmente, a fauna e a flora deste local ficam impedidas de absorver os nutrientes e acabam morrendo, bem como, as sementes que não conseguem germinar, tornando o solo impróprio para o cultivo. Dependendo das características físico-químicas do solo e outras características como relevo e regime pluviométrico, este ao migrar pode atingir corpos hídricos e até mesmo o lençol freático. O presente trabalho avaliou os impactos associados ao descarte inadequado do óleo vegetal residual no sistema água-solo-planta. Para tal, utilizou-se dois solos com texturas distintas. Foram analisados os efeitos do OVR sobre os aspectos físicos e químicos do solo (coluna de lixiviação), bem como o potencial de biodegradação do OVR nos solos. Utilizou-se diferentes organismos teste para cada componente do sistema, como por exemplo, Brachydanio rerio para toxicidade aquática, a Eisenia fetida para toxicidade no solo, além da semente e a cultura da alface (Lactuca sativa L.) como organismo teste para vegetais superiores. Dos resultados obtidos, verificou-se que o OVR é um resíduo potencialmente contaminante quando disposto indevidamente sobre o solo, comprometendo o sistema solo-planta. Após o teste de saturação, o solo arenoso apresentou uma capacidade ligeiramente menor de adsorção de OVR do que o solo argiloso. Observou-se que a introdução do OVR causou severa compactação para o solo argiloso. A toxicidade no ensaio de fuga de minhocas foi obtida com as doses de 20 mL e 26 mL, que a alface (Lactuca sativa L.) possui baixa tolerância ao OVR e o mesmo influenciou negativamente a germinação, crescimento da radícula e hipocótilo nos ensaios de ecotoxicidade para o solo arenoso e argiloso respectivamente. Pode-se inferir que os diferentes tratamentos testados com OVR no cultivo da alface (Lactuca sativa L.), provocaram alterações na morfologia vegetal para todos os parâmetros físicos analisados, em ambos os solos. Os resultados obtidos indicaram que o OVR apresentou percentuais de biodegradação expressivos, em relação aos do tratamento com 1% de glicose, para ambos os solos. O tratamento com 20 mL, em solo arenoso, mostrou-se mais impactante para 50% dos parâmetros analisados. O tratamento com 26 mL, em solo argiloso, mostrou-se mais impactante para 67% dos parâmetros analisados. A introdução do OVR nas colunas, promoveu à acidificação pH para todos os tratamentos, em ambos os solos nas primeiras seções (0-10 cm). Em solo arenoso, a primeira seção foi a mais impactada para o pH, Ca2+, Mg2+, e V%. As últimas seções (30-40 cm) foram mais impactadas para H+ + Al3+ e a última, para K+. Em solo argiloso, a primeira seção (0-10 cm) foi a mais impactada para o pH, H+ + Al3+ e V%. A segunda seção (10-20 cm) foi a de maior impacto para o K+. As doses que produziram maior impacto negativo foram 20 mL para o solo arenoso e 26 mL para o solo argiloso. O teste com peixe (Brachydanio) não apresentou mortalidade de indivíduos no período analisado |