Crescimento e qualidade microbiológica de alface cultivada com soluções de urina de vaca
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de Doutorado em Fitotecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1216 |
Resumo: | A urina de vaca aplicada em alface (Lactuca sativa L.) tem promovido o seu crescimento e a produção de folhas. Todavia, questionamentos têm sido feitos em relação à contaminação microbiológica. O trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da aplicação de soluções de urina de vaca sobre características de crescimento de planta e qualidade microbiológica da alface. Foram realizados quatro experimentos no IFMG Campus São João Evangelista - MG. Os experimentos 1 e 2 foram desenvolvidos no período de novembro de 2011 a fevereiro de 2012 e os experimentos 3 e 4 no período de agosto a novembro de 2012. Os experimentos foram conduzidos em ambiente protegido e em sistema de cultivo orgânico. Os experimentos 1 e 2 foram constituídos de cinco tratamentos, correspondentes às concentrações de soluções de urina de vaca de 0,0; 0,5; 1,0; 2,0 e 4,0%, conduzidos no delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições. No experimento 1, a aplicação das soluções foi via foliar e no experimento 2 foi via solo, ambos com a alface 'Regina 2000'. Os experimentos 3 e 4 foram constituídos de cinco tratamentos, correspondentes às concentrações de soluções de 0,0; 2,0; 4,0; 6,0 e 10%, conduzidos no delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Em ambos, a aplicação das soluções foi via foliar. No experimento 3 a alface foi a 'Regina 500' e no experimento 4 a alface foi 'Babá de Verão'. As soluções foram preparadas com a mesma água utilizada para irrigação, sendo que a testemunha recebeu somente água. Em todos os experimentos foram aplicados 60 mL de solução/planta. Esse volume foi dividido em cinco aplicações semanais, iniciando sete dias após transplante das mudas, aplicando-se, respectivamente, 5, 5, 10, 20 e 20 mL de solução/planta. A parcela foi constituída por quatro fileiras longitudinais de 1,75 m de comprimento, com plantas espaçadas de 0,25 x 0,25 m. Foram consideradas úteis, as seis plantas centrais das duas fileiras centrais. Foram avaliadas características de produção da alface e realizadas análises microbiológicas da água de irrigação, da urina de vaca armazenada, das soluções de urina de vaca aplicadas, da alface lavada e não lavada em água pura. Os dados qualitativos foram submetidos à análise de variância. Os dados referentes às concentrações das soluções foram submetidos à análise de regressão, utilizando-se o teste t, a 1% e a 5% de probabilidade. Soluções de urina de vaca aplicadas via foliar ou solo, na concentração de até 5,21%, promoveram o crescimento das plantas e a produção da alface. Soluções de urina de vaca aplicadas via solo, até a concentração de 4%, e via foliar até 10%, não promoveram aumento da carga microbiana em alface. A urina de vaca hermeticamente fechada em bombona plástica mantida no escuro apresentou crescimento dos micro-organismos coliformes totais, coliformes termotolerantes e aeróbios mesófilos até por volta da 5ª semana, caindo drasticamente e alcançando nível zero, ou próximo desse, na 7ª semana. A água de irrigação com elevada carga microbiana foi a maior responsável pela carga microbiana em alface, sendo que a simples lavação das folhas de alface com água pura, apesar de reduzir a carga microbiana, não foi eficaz em reduzir essa carga até níveis aceitáveis aos comensais. |