A Fazenda Colubandê e seus processos transformativos: as representações de um espaço geográfico
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Formação de Professores Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Geografia - Faculdade de Formação de Professores (FFP) |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20898 |
Resumo: | A Fazenda Colubandê é um espaço tombado pelos Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC), construída no Brasil Colônia, situada no bairro homônimo, na cidade de São Gonçalo, Rio de Janeiro. Durante a produção social do seu espaço, passou por vários processos transformativos, que modificaram tanto sua paisagem quanto seus usos, afetando suas funções e significados. Já lhe foi dada a função de fazenda, refúgio e sede de instituições policiais, além de passar por um momento de abandono, o que levou a se tornar um ciclo poliesportivo abandonado, nos anos de 2012 a 2017. Isto ocorre quando o Comando de Policiamento Ambiental (CPAM) precisa ser realocado devido às políticas envolvidas com as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). O espaço da Fazenda foi de muita relevância para o desenvolvimento da sua região, tendo impacto a nível municipal, mas nesse último século esteve em decadência nos âmbitos sociais, principalmente com essa desativação temporária do CPAM, ação que tornou tanto as áreas internas quanto as externas da Fazenda, perigosas, com margem para a violência urbana adentrar em seus espaços. Um patrimônio histórico que, por gerações, produziu uma identidade local com a comunidade, passa a ser um local temido, sendo negligenciado pelas instituições responsáveis por sua manutenção e segurança, por mais que tenha sido por um momento pequeno em relação à sua existência, foi o suficiente para impactar negativamente a experiência de algumas gerações que frequentavam suas áreas, tanto para usar suas dependências quanto na movimentação pendular. O objetivo dessa pesquisa é investigar os desdobramentos dos últimos processos transformativos da Fazenda Colubandê, considerando sua hierarquização e suas relações de poder, perpassando por temas como a violência urbana e sua representação na memória de quem conhece esse espaço, além de uma leitura interseccional sobre o acesso aos seus espaços, principalmente com a volta do CPAM após 2017, onde temos uma territorialização do espaço da Fazenda, burocratizando seu acesso, mas justificando com a volta da manutenção e segurança, que, mesmo assim, ainda há no imaginário local a repulsa causada pelos anos de abandono. Este trabalho foi feito a partir de revisões bibliográficas e dados coletados a partir de 2019, considerando entrevistas com moradores e moradoras, além de visitas técnicas ao local, o que é permitido dentro da formalidade vinda com a burocratização do espaço, para compreender como os desdobramentos dos últimos processos transformativos afetaram a dinâmica urbana do bairro e explicitaram a presença de espaços socialmente desiguais, que, inclusive, popularizaram subdivisões não oficias, mas conhecidas usualmente no bairro do Colubandê, em São Gonçalo, Rio de Janeiro. |