Dinâmica de des-re-territorialização na comunidade do mutirão em Campina Grande/PB: reflexões a partir dos desastres "naturais"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: FREIRE, Zenis Bezerra
Orientador(a): ALMEIDA, Nilo Américo Rodrigues Lima de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geografia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17802
Resumo: Os problemas decorrentes dos desastres “naturais” têm se intensificado no Brasil e no mundo. É diante desse contexto que a abordagem sobre a alteração nas dinâmicas territoriais dos sujeitos afetados por eventos dessa natureza é discutida neste trabalho. Nesse sentido, nosso objetivo é analisar a dinâmica de des-territorialização e re-territorialização na comunidade do Mutirão em Campina Grande, cidade do interior do Estado da Paraíba, a partir da ocorrência de um desastre “natural” proveniente de extremo de chuva que resultou em rompimento de reservatórios de água. Esta pesquisa também busca refletir acerca do processo de ocupação da área onde está localizado o Mutirão com base na ideia de territorialização; Discutir a possibilidade de pensar os desastres como agentes propositores do processo de des-territorialização; Analisar como se configuram os “territórios de espera” em meio ao processo de des-re-territorialização; Discutir os impactos pós-evento no Mutirão bem como a dinâmica de re-territorialização nessa comunidade. Dentre as questões formuladas, destacam-se as seguintes: como é possível pensar a aplicabilidade das discussões de des-re-territorialização em casos de desastres naturais? Como se deu o processo de ocupação da área estudada? Quais elementos podem ser considerados para pensar a des-territorialização a partir dos desastres “naturais”? Como se configuram as relações territoriais existentes nos abrigos onde permaneceram as pessoas do Mutirão que perderam suas casas durante o desastre “natural”? Como se deu o processo de re-territorialização desses sujeitos na comunidade ou em outras áreas da cidade? A partir das questões acima referenciadas e dos objetivos elencados, direcionamos a pesquisa a partir de uma análise da revisão de literatura e pesquisa bibliográfica, além de trabalho de campo, por intermédio do qual relatamos a experiência da pesquisa com diários de campo.Contamos ainda com coleta documental em órgãos públicos, entrevistas concedidas por moradores do Mutirão e fotografias de locais atingidos pelo desastre. Por fim, observou-se que as dinâmicas de des-re-territorialização presentes no Mutirão foram intensas não só no período da enchente/inundação, mas desde seu processo de constituição. Nesses entremeios, os moradores afetados por desastre perpassam por “territórios de espera” enquanto buscam continuadamente a re-construção de seus territórios.