Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Marinete Aparecida Zacharias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-02082013-123222/
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Resumo: |
O presente estudo tem por objetivo demonstrar que a violência entre as mulheres no sul de Mato Grosso, de 1830 a 1889 foi empregada na defesa da vida e da honra. Além de ter sido um mecanismo de dominação e persuasão constantemente utilizado pelas autoridades e por homens e mulheres de todas as classes sociais na busca pela solução de problemas econômicos, políticos, jurídicos e culturais. As análises dos processos criminais me permitiram constatar que a violência física e simbólica, o crime e a criminalidade envolvendo os sexos se revestiam de valores, interesses, direitos, noções e percepções de justo e injusto, lícito e ilícito, honra e desonra. Estas elaborações foram determinantes para o exercício legítimo e ilegítimo do poder, que em dadas circunstancias subsidiou a venalidade e a leniência judicial em detrimento da eficácia das leis e garantias dos direitos do cidadão comum. Como vítimas ou rés, as mulheres envolvidas nos crimes de ofensa física, homicídio, estupro, defloramento, furto e roubo não deixaram de agir conforme seus interesses e necessidades. Lutaram mais em função da própria sobrevivência do que por seus direitos, pois desconheciam as garantias das leis. Ainda assim, elas conseguiram estabelecer ínfimas e significativas mudanças nas relações sociais no cotidiano, em especial com os representantes do judiciário, da política, os agentes da administração local e nacional e com os médicos e religiosos. A violência física e simbólica praticada por companheiros, pais e autoridades, e por outras mulheres, não as impediu de lutar pela liberdade e por acesso aos direitos civis, políticos e sociais. |