Efeitos da ingestão de azeite de oliva na modulação de biomarcadores associados ao risco de câncer em humanos: uma revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pessoa, Heloisa Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/18215
Resumo: O câncer é um conjunto vasto de doenças caracterizadas pela proliferação celular desordenada e disseminação de células anormais, resultante de alterações que se acumulam no genoma, geralmente associadas a fatores de risco ambientais. Doenças crônicas como o câncer possuem desenvolvimento associado ao estresse oxidativo e inflamação. Além da associação inversa entre casos de câncer e consumo de azeite de oliva por evidências observacionais, este óleo tem sido amplamente estudado pelo seu conteúdo bioativo ao qual atribuem-se efeitos antitumorais pré-clínicos pela modulação de vias oxidativas e inflamatórias. O objetivo da revisão foi verificar a modulação de marcadores bioquímicos associados ao risco de câncer por intervenções com azeite de oliva em adultos saudáveis. As buscas ocorreram nas bases de dados MEDLINE, EMBASE, SCOPUS, Web of Science e Cochrane Library com descritores referentes aos termos: azeite de oliva, redução do risco de câncer e quimioprevenção, marcadores tumorais e marcadores de danos e injúrias genéticas e em DNA. Foram encontrados 704 artigos excluindo-se duplicatas. Ao final da seleção, foram incluídos quatro estudos de intervenção com azeite de oliva, que avaliaram biomarcadores associados ao risco de câncer em participantes saudáveis. A heterogeneidade entre os estudos não possibilitou agrupamento para meta-análise. A avaliação individual por desfechos demonstrou que consumo contínuo de azeite de oliva esteve associado a menores níveis plasmáticos de bases do DNA oxidado, IL-8 e TNF-α, e menores concentrações urinárias de 8-OH desoxiguanosina, mas não exerceu efeito sobre a excreção urinária de adutos eteno-DNA. Houve discordância quanto aos promotores dos efeitos: compostos fenólicos, triterpênicos ou perfil lipídico. Os achados desta revisão sugerem que a ingestão de azeite de oliva por adultos saudáveis parece ser potencialmente promissora à redução do risco de câncer por estar diretamente associada a menores níveis de marcadores de danos oxidativos ao DNA e marcadores inflamatórios.