Consumo do azeite de oliva associado à saúde: uma revisão guarda-chuva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fraga, Shyrlei Rangel de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Nutrição
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Alimentação, Nutrição e Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21622
Resumo: O consumo do azeite de oliva é uma prática antiga e amplamente difundida mediante ao seu impacto na saúde. Os benefícios funcionais do azeite de oliva incluem a redução de radicais livres, colesterol total no sangue e prevenção de doenças crônicas não transmissíveis. Atualmente, o aumento da incidência de doenças crônicas representa um desafio significativo para a saúde pública. Encontra-se na literatura diversos estudos que avaliam esses efeitos em desfechos relacionados à saúde, o que pode ser difícil para os profissionais de saúde terem uma conduta apropriada para seus pacientes, além de gestores e tomadores de decisão, por existir diversos documentos acessíveis. Entretanto, até o momento, não existe um resumo de evidências acumuladas de todas essas revisões sistemáticas e meta-análises. Uma revisão abrangente foi realizada para avaliar a força e a validade das evidências disponíveis relacionadas com o consumo do azeite de oliva associado com a saúde. Seguindo a metodologia PRISMA, as bases de dados Medline, Embase, The Cochrane Library, Scopus, Web of Science e Lilacs foram pesquisadas até fevereiro de 2023. Foi utilizada a ferramenta de avaliação de qualidade dos estudos da Joanna Briggs Institute. A revisão incluiu 17 artigos, com evidências sugestivas da associação benéfica do consumo de azeite de oliva com doenças cardiovasculares, câncer, diabetes tipo 2 e mortalidade para todas as causas, porém não foram encontrados resultados significativos para desfechos relacionados a marcadores inflamatórios, ao estresse oxidativo e ao metabolismo da glicose e alguns resultados referentes aos lipídeos sanguíneos. Algumas meta-análises apresentaram uma alta heterogeneidade e um amplo intervalo de confiança, além de um número limitado de ensaios clínicos randomizados. Considerando a heteregeneidade geralmente elevada e baixa qualidade das evidências disponíveis, são necessários mais estudos com ensaios clínicos randomizados que priorizem uma análise aprofundada dos componentes específicos do azeite de oliva e com um grupo controle que se diferencie tanto em composição quanto em efeito do grupo de intervenção.