Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Riéffel, Roberta Cougo |
Orientador(a): |
Külkamp-Guerreiro, Irene Clemes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/275863
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Resumo: |
O aumento do consumo de azeite de oliva levou a uma maior produção de resíduos, com destaque para o bagaço da oliva, devido ao seu conteúdo de bioativos, o que sugere seu potencial na criação de produtos sustentáveis. Estes bioativos podem apresentar limitações em sua aplicação e a nanotecnologia pode ser uma alternativa para superar os desafios. Este trabalho teve como objetivos desenvolver um processo extrativo, obter e avaliar um extrato obtido do bagaço da oliva e desenvolver um nanocarreador natural contendo esse extrato. Diferentes condições foram testadas para determinar a metodologia extrativa mais eficaz e, para tanto, foram analisadas as capacidades dos extratos de redução do reagente Folin-Ciocalteu, o teor de flavonoides e a desativação do ABTS. A temperatura de 55 °C foi selecionada tanto para a secagem quanto para a extração e o emprego e 1,3 propanediol como solvente, resultando em redução do Folin-Ciocalteu (14,9 a 33,0 mg EAG/g), flavonoides totais (4,0 a 5,3 mg EQ/g) e desativação do ABTS (107,0 a 142,8 μmol ET/g). A seguir, foram desenvolvidos nanocarreadores contendo o extrato (1 e 3 mg/mL), e ambos foram avaliados quanto à sua capacidade antioxidante, antienvelhecimento e de estimulo a síntese de colágeno (ambos em fibroblastos humanos). Foram testados o potencial anti-inflamatório (queratinócitos) e clareador (melanócitos). O extrato do bagaço da oliva foi incorporado em um gel (0,5% e 3,5%) e apresentou capacidade de desativar os radicais ABTS (81,9 ± 0.8% e 94,6 ± 0,7%) e DPPH (68,3 ± 1.1% e 70,7 ± 0,4%), inibir a oxidação do betacaroteno (24,2 ± 4,7 e 25,1 ± 0,6). Os nanocarreadores desativaram o ABTS (52,1 ± 0,3 e 31,6 ± 1,8%) e o DPPH (13,3 ± 0,2% a 26,6 ± 1,5% e 25,8 ± 0,4 a 69,0 ± 1,9%) e inibiram a oxidação do betacaroteno em 30,7 ± 0,9% e 58,8 ± 1,9%, 1 e 3 mg/mL, respectivamente. As amostras estimularam os marcadores antienvelhecimento FoxO3 (78,6 e 113% para extrato e nanocarreador, respectivamente), SIRT-1 (22,3% e 34,6%) e SIRT-3 (35,7% e 67,0%). O extrato aumentou a síntese de colágeno em 51,0%, o nanocarreador em 74,6%. O extrato reduziu IL-6 em 29,9% e TNF-α em 28,8%, o nanocarreador os reduziu em 44,1% e 31,0%, respectivamente. A produção de grânulos de melanina foi reduzida em 13,0% pelo extrato e em 37,1% pelo nanocarreador. O nanocarreador natural (3 mg/mL) demonstrou melhorar as propriedades do extrato do bagaço da oliva, ambos apresentaram potencial para aplicação em produtos de cuidado com a pele. |