Grêmio estudantil: quais sentidos na atualidade?
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19675 |
Resumo: | A presente dissertação está vinculada ao Grupo de Estudos sobre Diferença e Desigualdade na Educação Escolar do Jovem (DDEEJ), coordenado pela professora Miriam Soares Leite, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/PROPED-UERJ, no âmbito das pesquisas sobre participação política juvenil desenvolvidas pelo Grupo. A partir da noção de juventudes, conforme proposta por Juarez Dayrell e Paulo Carrano, e dos estudos contextualizados da juventude, de José Machado Pais, bem como das discussões sobre democracia, por Jacques Rancière, pessoa democrática e democracia na escola, com Hanna Arendt e Gert Biesta, Jan Masschelein e Maarten Simons, foram investigadas possíveis respostas para a questão central deste trabalho, de caráter qualitativo: quais sentidos pode assumir o grêmio estudantil diante das diversas formas de movimentos juvenis que estão emergindo na atualidade? Essa questão foi abordada por meio do desenvolvimento de um estudo de caso, que focalizou o grêmio estudantil de um Colégio Estadual localizado na cidade de Itaboraí, município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Para tanto, foi feita uma pesquisa documental, considerando-se os registros da entidade em questão nos domínios offline e online, abordados sob os preceitos da metodologia da Análise de Conteúdo, conforme Laurence Bardin. Os resultados apontam que o grêmio estudantil estudado não tinha uma atuação estritamente local e que estava também conectado com questões mais amplas da sociedade, apresentando um perfil não só assistencialista, mas também politicamente contestador. As relações estabelecidas entre o grêmio e as esferas de poder, tanto da escola como da Secretaria de Educação do Estado, sinalizaram uma possível tentativa de subordinação do grêmio por parte dessas esferas, não se identificando estratégias institucionais para deliberação conjunta tampouco espaço para iniciativas vindas da entidade estudantil. Por fim, identificamos mais de uma enunciação da noção de juventude no contexto deste estudo de caso: aproximação ao discurso do protagonismo juvenil por parte da Secretaria de Educação, e romantização da participação política do jovem, em que o caráter revolucionário é entendido como uma condição juvenil, por parte dos estudantes do grêmio. A pesquisa conclui ainda que, a despeito da importância atribuída pelos órgãos governamentais à existência de um grêmio estudantil nas escolas e de os grêmios efetivamente terem um papel de representatividade dos estudantes, sendo até mesmo o disparador de um desejo de participação política juvenil, sua presença não garante um espaço de deliberação e pode assumir sentidos que se aproximam da formalidade, do mito do jovem revolucionário e/ou da subalternização institucionais - trata-se, sobretudo, de uma entidade em disputa. |