Sentimentos de estudantes e profissionais frente ao atendimento odontopediátrico
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19072 |
Resumo: | O objetivo do estudo é avaliar o sentimento de medo, ansiedade e insegurança e a aceitabilidade das técnicas de manejo de comportamento (TMC) de estudantes e profissionais frente ao atendimento infantil. Para esse fim, este estudo foi subdividido em dois objetivos específicos: (1) avaliar a aceitabilidade dos estudantes e profissionais de odontologia a respeito das TMC aplicadas nos pacientes infantis através de uma revisão sistemática, e (2) desenvolver e validar um questionário para avaliação dos sentimentos de medo, ansiedade e insegurança de estudantes de odontologia frente ao atendimento infantil. Objetivo 1: realizou-se uma revisão sistemática da literatura com buscas no PubMed, Scopus, Web of Science, BVS (Lilacs/BBO), Cochrane e Open Grey, até setembro de 2021. As duplicatas foram removidas através do programa Mendley. Foi realizada a seleção dos estudos, a extração de dados e a avaliação da qualidade metodológica usando a ferramenta Joanna Briggs Institute e a certeza da evidência pelo GRADE. O objetivo 2: foi desenvolvido e validado um questionário a partir de um grupo focal de 10 alunos de graduação em odontologia. Em seguida, o questionário foi estruturado e aplicado digitalmente via Google Forms à 90 alunos (25,01 anos ±1,28), que já haviam cursado ou estavam cursando as disciplinas de atendimento odontológico infantil. O teste-reteste foi realizado com 15 alunos. Foi realizada análise descritiva, análise fatorial exploratória (AFE), Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI, Alfa de Cronbach (α) e teste Mann-Whitney para validade discriminante (p <0,05). Como resultado do estudo 1, a busca recuperou 710 artigos, com 21 artigos elegíveis. Dentre os alunos de graduação e profissionais generalistas, as TMCs mais aceitas foram a dizer-mostrar-fazer e o reforço positivo, dentre os odontopediatras foi a dizer-mostrar-fazer e dentre profissionais com pós-graduação Stricto sensu foi a sedação com óxido nitroso e o reforço positivo. A técnica menos aceita foi a estabilização protetora. Dois estudos apresentaram baixo risco de vieses e 19, alto risco. A certeza da evidência foi muito baixa. Como resultado do estudo 2, a versão final do questionário foi composto por 3 itens através da escala visual analógica (EVA), com score total de 0 a 10, que avaliaram ansiedade, medo e insegurança. Quanto maior o score, maior o sentimento negativo frente ao tratamento odontopediátrico. Os resultados dos testes de suposição de AFE foram satisfatórios (esfericidade de Bartlett=0,744; KMO<0,001). A AFE extraiu uma única dimensão com autovalor de 2,4 e variância total explicada de 80%. A consistência interna do questionário foi adequada (α=0,877) e a confiabilidade através do teste-reteste foi satisfatória (CCI=0,691). Alunos que sentem segurança para realizar procedimentos invasivos em criança tem sentimentos mais positivos em relação ao tratamento odontopediátrico (média=3,5 ±2,73) do que os que não sentem tal segurança (média=5,0 ± 2,35; p=0,007); este resultado demonstra a validade do questionário. Conclui-se por meio da revisão sistemática que as TMCs mais aceitas foram as básicas, baseadas na comunicação. Já em relação ao questionário proposto, conclui-se que é valido e confiável para avaliação do sentimento de alunos de graduação de odontologia frente o atendimento de pacientes infantis. |