Validade da Escala de Imagens Faciais (FIS) para uso com crianças brasileiras na clínica odontopediátrica
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Odontologia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Odontologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17454 |
Resumo: | O objetivo deste estudo foi avaliar a validade da Escala de Imagens Faciais (Facial Image Scale; FIS) em pacientes odontopediátricos do Rio de Janeiro, Brasil, por meio da: 1) validade de critério concorrente, medida através do Venham Picture Test – versão brasileira; 2) validade de construto, medida através da correlação da FIS com as variáveis idade, sexo, ansiedade percebida pelos pais/cuidadores, classificação socioeconômica (renda), primeira visita ao dentista, tipo de tratamento realizado, uso de anestesia local, experiência prévia e atual de dor de dente, índice de cárie dentária e comportamento durante a consulta odontológica; 3) avaliação qualitativa com 30 crianças de forma a conhecer se o instrumento estava capturando o sentimento da criança em relação à ATO. A forma de aplicação da FIS foi adaptada para o contexto brasileiro por um grupo de quatro odontopediatras brasileiras e uma psicóloga britânica (autora da FIS). O trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do Hospital Universitário Pedro Ernesto - HUPE/UERJ. Foram incluídas crianças de três a 12 anos de idade e seus responsáveis, que compareceram ao tratamento odontológico em clínicas de odontopediatria da Faculdade de Odontologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, do serviço de Odontologia da Policlínica Piquet Carneiro e do Ambulatório Naval da Penha da Marinha do Brasil. Foram excluídas crianças com deficiências e que não quiseram participar do estudo. Foi realizado um estudo piloto com objetivo de avaliar a compreensão da FIS e testar os procedimentos que seriam empregados no estudo principal, em uma amostra não probabilística de 15 crianças/responsáveis. Os resultados sugeriram que a idade poderia influenciar na mensuração da validade da escala e foi decidido realizar um processo de amostragem por cotas, adaptações das instruções de aplicação da FIS e VPT para uma linguagem mais acessível e decisão de realizar o estudo qualitativo. A amostra selecionada por cotas do estudo de validação compreendeu 150 crianças, divididas em grupos de 31 crianças nas faixas etárias 3-4 anos, 5-6 anos, 7-8 anos, 9-10 anos e 26 crianças na faixa etária de 11-12 anos; 65 (43%) eram do sexo feminino; 20 (13,3%) estavam indo ao dentista pela primeira vez; 47 procedimentos invasivos foram realizados no dia da entrevista (tratamento restaurador, procedimentos sob isolamento absoluto, exodontia e/ou tratamento endodôntico); 55 (36,7%) não tiveram experiência de cárie na dentição decídua (ceod=0) e 111 (74%) na dentição permanente (CPOD=0). O coeficiente de correlação de Spearman (rs) com a Venham Picture Test foi moderado (rs= 0,50; p<0,01) e foram encontradas associações estatisticamente significativas (p <0,05) com sexo feminino, ansiedade percebida pelos cuidadores, uso de isolamento absoluto, dor de dente atual e experiência de cárie. O estudo qualitativo encontrou discrepâncias entre a escolha da FIS e o sentimento da criança em relação à ATO em todas as faixas etárias. Os resultados sugerem que a FIS não parece ser capaz de medir de forma válida a ATO em crianças brasileiras |