A "lúbrica estrutura”: a construção da sensualidade em “Hespérides”, de Carvalho Júnior
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Letras Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Letras |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16454 |
Resumo: | Esta dissertação analisa a sensualidade no conjunto de poemas “Hespérides”, de Francisco Antônio de Carvalho Júnior, investigando os fatores literários, históricos e filosóficos (além da tão citada influência baudelairiana) que, uma vez filtrados pelo autor, teriam convergido em sua construção. O ponto de partida é uma revisão crítica de praticamente toda a fortuna crítica de Carvalho Júnior, em que expomos a construção da imagem e dos lugares-comuns referentes ao autor e à sua obra, os quais se conjugam na ideia de um poeta morto jovem e que teria deixado uma coleção de versos sensuais e violentos. Essa leitura, cujo germe está em “A nova geração”, de Machado de Assis, e foi amplamente reforçada por “Os primeiros baudelairianos”, de Antonio Candido, se estende até hoje no que se produz a respeito de Carvalho Júnior. Nossa análise, dessa forma, embora devedora da mesma fortuna crítica, procura se desvencilhar de certas limitações impostas por ela (como a superestimada interferência de Baudelaire), prejudiciais para a percepção da complexidade de “Hespérides”. Oferecemos, em contrapartida, possibilidades de leitura novas ou, ao menos, repensadas, que concentramos em dois capítulos: “A filosofia e alcova” e “O homem e a mulher”. Naquele, investigamos as diversas correntes e modas oitocentistas presentes em “Hespérides”, assim como a construção da privacidade e de um local propício para a sensualidade dentro da obra, que é alcova. Neste, analisamos as caracterizações das personagens masculinas e femininas, dissecando o tipo de relação estabelecida entre ambas, de caráter violento e materialista. Adotamos como corpus a primeira edição de Parisina (1879), que reúne toda a obra conhecida de Carvalho Júnior. |