O desvario realista de A lua vem da Ásia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Klein, Ana Emília
Orientador(a): Leite, Carlos Augusto Bonifácio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/263751
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo investigar em que medida se pode dizer que a literatura de Campos de Carvalho é surrealista e, por isso, realista, considerando como a forma estética se apresenta face aos procedimentos artísticos e aos pressupostos do movimento francês. Além disso, procuramos pensar o escritor brasileiro como uma manifestação que rompe com a tradição brasileira mais realista e, por sua singularidade e agressividade, mobiliza leitor e crítica para pensar como sua forma pode ser alinhada com outros objetos estéticos produzidos por aqui. Para a realização desta análise, centrada no romance A lua vem da Ásia, abordaremos os conceitos de realismo e surrealismo, em especial, a perspectiva realista proposta por Salete de Almeida Cara e o entendimento do surrealismo por Walter Benjamin e Michael Löwy, os quais possibilitaram pensar no movimento com mais amplitude, para além do sentido escolástico que o limita aos anos 1920 e 1930 na Europa, principalmente. Tendo no horizonte esses conceitos e a análise formal da obra, cuja estrutura tensiona loucura e lucidez, é possível afirmar que ela subverte a normalidade ao mesmo tempo que se destaca de seu pano de fundo histórico, artístico e cultural.