A emergência do sistema olivícola no Estado do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rodrigues, Rodrigo Maldonado
Orientador(a): Padula, Antonio Domingos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/149301
Resumo: As preocupações, desejos e necessidades dos consumidores à jusante tendem a guiar, cada vez mais, as iniciativas dos produtores à montante e esta é uma realidade também na agricultura, com a seleção de alimentos mais saudáveis, saborosos e com valor agregado por parte dos compradores, gerando um ambiente propício para produtos com estas características. O azeite extra virgem de oliva, cujas características se enquadram nos novos hábitos alimentares, vem assumindo uma posição de destaque entre os consumidores do mundo todo e não é diferente no Brasil. A despeito da pouca tradição na produção olivícola, o Brasil e em especial o Rio Grande do Sul, ao longo da última década tem iniciado uma produção concreta deste alimento, o qual vem chegando lentamente às gôndolas dos supermercados locais e nacionais gozando de uma reputação excelente. Diante, portanto, da possível emergência deste sistema de produção agrícola, da demanda potencial deste produto e da possibilidade de satisfazê-la por meio da produção local em contraposição às importações, entendeu-se que um estudo deste fenômeno recente e por conseguinte pouco analisado pode lançar as bases teóricas para a sua compreensão. Assim, teorias ligadas à governança foram utilizadas para a identificação da organização e coordenação do sistema. Para a análise dos elementos básicos do sistema, o referencial teórico utilizado foi o de sistemas complexos e para a compreensão da relação dos elementos básicos na formação de um sistema complexo, aplicou-se o ferramental da economia institucional evolucionária. Em função deste referencial teórico e da problemática a ser trabalhada, optou-se por um método reconhecidamente institucional com uma abordagem qualitativa, ou seja, um estudo de caso em modo exploratório, realizando entrevistas com participantes considerados chave no sistema e submetendo posteriormente os dados colhidos no campo aos dados secundários e ao referencial teórico. Os resultados encontrados apontam para um gradual florescimento da organização do sistema, com a coordenação não mercadológica do setor, entende-se governança, a cargo dos governos estadual e federal, mas não foram encontrados, até o momento, indícios de uma governança por parte da base, isto é, dos produtores. No que tange ao relacionamento dos elementos para a emergência do sistema, verificou-se que esta se dá por meio das trocas de informações constantes e transações que ocorrem entre os agentes e a economia local, influenciando uns aos outros em uma dinâmica base-topo e no sentido inverso, topo-base, quando o sistema reage às influências e inicia a estimular as estruturas de governança e infra-estrutura institucional. Nesta perspectiva, entende-se que os elementos do sistema que está efetivamente emergindo foram caracterizados, bem como sua relação com a economia local e que é imprescindível, para os participantes, que este sistema complexo seja entendido e tratado como tal, com intervenções adequadas, de modo que possa, desta forma, propiciar ganhos a todos os envolvidos.