A prática do home office durante a pandemia de Covid-19: estímulo à modulação de competências cognitivas nos trabalhadores
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/23279 |
Resumo: | Esta pesquisa partiu da hipótese de que as medidas de isolamento social, propostas para impedir a disseminação do Coronavírus, durante os anos 2020 e 2021, levaram à implantação massiva do home office, com o desenvolvimento de práticas laborais mediadas exclusivamente por telas, que podem ter favorecido a modulação de competências cognitivas nos trabalhadores. Partindo desse pressuposto, o objeto desta pesquisa visou identificar se competências cognitivas foram estimuladas nos profissionais que, durante a pandemia de Covid-19, em home office, passaram a exercer seus ofícios somente pela mediação das telas, para, em caso afirmativo, examinar quais foram essas competências. Como recorte, foi analisada a rotina de trabalhadores de empresas privadas do Rio de Janeiro, destacando as alterações vivenciadas em suas práticas laborais remotas. Refletindo sobre a atuação profissional dessas pessoas, o estudo questionou: é possível afirmar que o estado de exceção, causado pela pandemia, se tornou uma ocasião propícia para que esses trabalhadores vivenciassem uma compatibilização ainda mais intensa com as tecnologias e, assim, desenvolvessem competências cognitivas? O objetivo principal desta investigação foi compreender de que modo a mudança de paradigma de trabalho influenciou as competências relacionadas aos sentidos, afetos, percepção e a capacidade de socialização dos indivíduos, diante da total mediação das telas. Entre os objetivos secundários esteve a contextualização político-social, buscando compreender como as práticas de dominação neoliberais ajudaram a moldar o novo formato de labuta. Também foi apresentado um levantamento sobre como o modelo laboral em questão estava sendo percebido por aqueles que precisavam adotá-lo como prática diária, durante o período de pandemia. Para a investigação dessas questões foi utilizada a pesquisa bibliográfica. Como procedimentos metodológicos, aplicou-se uma Pesquisa Survey, para a coleta de dados quantitativos, e entrevistas individuais semiestruturadas, para possibilitar uma abordagem qualitativa sobre a percepção dos trabalhadores a respeito dos impactos dessas mudanças nas suas rotinas. Para embasamento teórico foram trabalhadas proposições de Paul Preciado, Byung-Chul Han, Gilles Deleuze, Philippe Perrenoud, Fátima Regis, Alain Ehrenberg, Richard Sennet e Jonathan Crary, dentre outros. As informações coletadas levaram à conclusão de que o trabalho totalmente mediado pelas telas, durante a pandemia de Covid-19, propiciou aos profissionais, imersos no modelo laboral home office, frequentes e variadas dinâmicas de acoplamentos e extensões com as tecnologias de comunicação. Devido à intensificação do uso de diversas interfaces e softwares e da necessidade de interação profissional mediada por telas, as habilidades visuais, táteis, sonoras, intelectuais, sociais, emocionais e psicológicas dos trabalhadores, assim como as relacionadas à atenção e à percepção, associadas aos saberes individuais e às atitudes pessoais, passaram por transformações. Observou-se o estímulo à modulação de seis competências cognitivas nos profissionais: Competências Cibertextuais, Competências Lógicas, Competências Sensoriais, Competências Criativas, Competências Sociais e Competências Psicológicas. |