Precarização no home office: condições de trabalho em um Call Center na região metropolitana de Natal-RN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Batista, Liana
Orientador(a): Silva, Anaxsuell Fernando da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47509
Resumo: A emergência da Covid-19 declarada pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em março de 2020, alterou as dinâmicas sociais pelo mundo e, em especial, àquelas relacionadas ao trabalho. A adoção do trabalho remoto (conhecido como home office no Brasil) surgiu como uma saída para a crise, embora trate-se de um modelo de trabalho construído a partir do ethos das classes dominantes. Na região metropolitana de Natal-RN, funcionárias de uma empresa de call center passaram a trabalhar em casa, o que proporcionou a proteção da sua saúde, mas também a entrada de sistemas de controle de produtividade e vigilância da empregadora nos espaços íntimos das funcionárias. Esses sistemas são fundados em bases tayloristas e panópticas, expressões da racionalidade neoliberal que pretende colonizar as subjetividades das trabalhadoras. Pensada a partir da categoria precarização do trabalho, a pesquisa se propõe a investigar as experiências das trabalhadoras frente às disparidades dos ethos das classes envolvidas na construção imagética e adoção do home office e a tentativa de colonização de suas subjetividades, desde a fase anterior à pandemia até a implantação do home office. Trata-se de um estudo de caso feito com abordagem qualitativa, realizado por meio de entrevistas semi estruturadas com 9 mulheres e 4 homens que trabalham nesse call center. Esse processo será investigado com a interlocução teórica de Ricardo Antunes e Ruy Braga (2009), Michel Foulcault (1987), Antonio Gramsci (1999, 2001, 2002, 2007a, 2007b), Ursula Huws (2017), Pierre Dardot e Christian Laval (2016), Suely Rolnik (2018), Ailton Krenak (2019), Kethleen Millar (2017), Judith Butler (2018), Bárbara Castro (2013), Veronica Gago (2018), María Alejandra Ciuffolini (2016), entre outros autores.