Estudo comparativo da infecção In vitro de macrófagos de camundongos CBA por Leishmania major e Leishmania amazonensis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Gomes, Ivana Nunes
Orientador(a): Veras, Patrícia Sampaio Tavares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/34016
Resumo: Camundongos da linhagem CBA são resistentes à infecção por L. major (Lm) e susceptíveis à infecção por L amazonensis (La), apresentando distintos padrões morfológicos da resposta tissular e da resposta imune. M desempenham importante papel na infecção por Leishmania por serem as principais células hospedeiras do parasito e uma das células apresentadoras de antígenos a linfócitos T específicos. Além disso, M uma vez ativados são capazes de destruir parasitos intemalizados por mecanismos dependentes da produção de NO. Nesse estudo o principal interesse foi investigar uma possível participação de M de camundongos CBA no estabelecimento da resposta imune durante as fases iniciais da infecção. Através de estudos de cinética foi avaliado o percentual de células infectadas pretratadas ou não com IFN-y. Para avaliar a sobrevivência e multiplicação do parasito no interior de M, foi determinado o número de parasitos /M em diferentes períodos de incubação. Através da mensuração dos níveis de NO foi avaliado a capacidade de M ativados em destruir parasitos intemalizados. Os resultados demonstram que entre 90 minutos e 12 horas após a adição de promastigotas, a proporção de M infectados e o número de parasitos/M foi similar em ambos os grupos. Entretanto, após o período de caça de 24 h o percentual de células infectadas por La foi 2 x mais elevado quando comparado à infecção por Lm. Essas diferenças foram mantidas após 48 e 72 h de caça. Nesses mesmos períodos o número de parasitos /M foi 2x maior em células infectadas por La que por Lm. Em células tratadas com IFN-y, após 24 horas de pulso o perfil de infecção apresentado em células não tratadas se manteve. Nesse mesmo período, em células infectadas por Lm a produção de NO teve uma elevação discreta comparado à infecção por La. Entretanto essa diferença não foi estatiscamente significante. Assim os estudos de cinética mostraram que M infectados por Lm apresentam maior capacidade de destruição desse parasito em relação a infecção por La. Esses dados sugerem que as diferenças encontradas na infecção de M podem ser relacionadas com a determinação dos perfis de resistência ou susceptibilidade, reforçando a importância dos eventos que ocorrem nas fases iniciais no estabelecimento da infecção.