Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Niara de Jesus |
Orientador(a): |
Veras, Patrícia Sampaio Tavares |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/8688
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Resumo: |
Camundongos CBA são resistentes à infecção por Leishmania major e permissivos à infecção por L. amazonensis. Adicionalmente, macrófagos de camundongos CBA controlam à infecção por L. major, mas não por L. mazonensis in vitro. Em estudo comparativo realizado por nosso grupo foi demonstrado que o receptor scavenger MARCO teve expressão aumentada em resposta à infecção por L. major, mas não na infecção por L. amazonensis. Ainda, o bloqueio do receptor com o anticorpo específico reduziu a infecção por L. major em 30%, indicando que esta proteína tem participação no reconhecimento de promastigotas de L. major em macrófagos de CBA. Assim, nossa hipótese é que o receptor MARCO participa do reconhecimento e fagocitose de L. major por macrófagos, direcionando o curso da infecção. O objetivo do presente estudo consistiu em evidenciar o papel do receptor MARCO na infecção de macrófagos por L. major. Inicialmente, células J774 foram transfectadas com os vetores pcDNA3.1-MARCO (J774-MARCO) ou pcDNA3.1 (J774-MOCK). Foi observado que a expressão do gene do MARCO foi cinco vezes maior nas células J774-MARCO em comparação às células J774-MOCK. Ao avaliarmos o efeito da superexpressão sobre o metabolismo de células J774-MARCO foi observado que a atividade metabólica mitocondrial foi maior nos clones J774-MARCO e J774-MOCK, 14% e 39% respectivamente, em comparação com as células J774 controle não transfectadas. Entretanto, a diferença no metabolismo não alterou a viabilidade celular dos clones transfectados. A superexpressão de MARCO não aumentou a ligação de L. major em células J774, mas favoreceu tanto o aumento no percentual de infecção de L. major como o número de parasitos/célula nos tempos iniciais até 24 h após a infecção (p ≤ 0,05). Adicionalmente, foi investigado se MARCO estaria induzindo modificações na membrana celular que favorecessem a entrada de L. major. Foi demonstrado que as células superexpressando MARCO (67%) apresentaram um maior espraiamento da membrana celular, com a formação de lamelipódios e estruturas semelhantes a filopódios, eventos observados em um número reduzido de células J774-MOCK (24%). Ao avaliarmos o efeito da superexpressão de MARCO na produção de quimiocinas e citocinas durante a infecção por L. major foi observado que a adição de L. major induziu níveis significativamente maiores de MCP-1 e TNF-α nos tempos de 24 e 48 h após a infecção em comparação com as células J774-MOCK (p < 0,01). Níveis maiores de IL-6 foram observados após 48 h de infecção por L. major nas células J774-MARCO em comparação às células controle (p < 0,05). Similarmente, em resposta à infecção por L. major, células J774-MARCO produziram maior quantidade de NO nos tempos de 24 (p < 0,001) e 48 h (p < 0,01) após a infecção. Todavia, a superexpressão de MARCO não teve efeito sobre a sobrevivência intracelular do parasito. Em suma, nossos achados sugerem que a superexpressão do receptor scavenger MARCO favorece a entrada de L. major em células J774, além de desencadear uma resposta imune efetora direcionando o curso da infecção por Leishmania. |