Ação terapêutica e moduladora da quercetina na leishmaniose tegumentar experimental por Leishmania braziliensis e Leishmania major
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Microbiologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17687 |
Resumo: | A leishmaniose tegumentar é a forma mais frequente da leishmaniose no Brasil, tendo como agente principal a Leishmania (Viannia) braziliensis, que causa a forma clínica cutânea e mucosa, onde há intensa e destrutiva resposta inflamatória na região oronasal. O arsenal terapêutico é restrito, tóxico e em algumas situações, ineficaz. É importante o estudo de novas moléculas com potencial terapêutico para a leishmaniose. O flavonóide quercetina possui atividades biológicas, incluindo ações: anti-inflamatória, antioxidante, pró-oxidante, imunomoduladora e antiparasitária. Em tripanossomatídeos é relatada a sua ação.O objetivo desse estudo foi avaliar a atividade terapêutica e imunomoduladora da quercetina em modelos experimentais de infecção com L.braziliensis (em hamster) e L.major (em camundongos), uma vez que nestes últimos é bem estabelecido os perfis de resposta imune associado a suscetibilidade (BALB/c) e resistência (C57BL/6).O efeito in vitro foi avaliado sobre o crescimento de promastigotas e amastigotas intracelulares de L.braziliensis e L.major. A modulação de macrófagos foi avaliada pela produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) usando as sondas H2DCFDA e Amplex red e a produção das citocinas por citometria de fluxo (CBA, cytometric bead array).O tratamento in vivo dos animais foi realizado pela via oral (gavagem) 5 vezes na semana com 20mg/Kg /40mg/Kg e se iniciaram após 7 dias de infecção ou com a lesão estabelecida durante 7-10semanas. Em amastigotas de L.braziliensis e de L.major, a quercetina promoveu inibição no índice de infecção.O tratamento prévio de macrófagos, reduziu o índice de infecção.Macrófagos tratados por 48 h, mostraram um aumento da produção ROS e H2O2 com 330 μM de quercetina e quando infectados e tratados por 48h, aumentaram a produção sendo dose-dependente. Houve diminuição dos níveis de IL-6 e TNF e aumento de IL-10 e MCP-1. In vivo, o tratamento de hamsters com 20 mg/ kg de quercetina, reduziu o tamanho da lesão e da carga parasitária. O tratamento após a lesão estabelecida não controlou o tamanho da lesão, mas diminuiu a carga parasitária. Em BALB/c infectados com L.major, o tratamento com 20 mg/ kg de quercetina diminuiu a carga parasitária e o tratamento com 40 mg/ kg reduziu a lesãoe a carga parasitária.Houve aumento da produção de IL-2, IL-4 e IL-6 pelos linfócitos esplênicos. Em C57BL/6, o tratamento com 40 mg/ kg de quercetina promoveu redução da carga parasitária, além de aumentar a produção de IL-10, IL-17, IFN-γ e TNF. Esses resultados mostram que o flavonóide quercetina apresenta atividade antiparasitária emL.braziliensis e L.major, estimulando a produção de ROS pelos macrófagos ao mesmo tempo que o modula para um estado anti-inflamatório. A ação terapêutica pela via oral sem sinais de toxicidade hepática e renal para os animais demonstram o potencial promissor da quercetina na terapia da leishmaniose. |