Representações sociais de jovens universitários sobre infecções sexualmente transmissíveis e sua relação com as práticas de prevenção
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19878 |
Resumo: | O presente estudo teve o propósito de analisar as representações sociais dos jovens universitários sobre as infecções sexualmente transmissíveis e sua relação com as práticas de prevenção das infecções. Pesquisa descritiva, qualitativa, pautada na Teoria das Representações Sociais com emprego da abordagem complementar processual, desenvolvida por Denise Jodelet. Os participantes foram estudantes universitários, regularmente matriculados, com idades entre 18-29 anos, sexualmente ativos, presentes na instituição no período da coleta de dados. Para a coleta de dados foram empregados dois instrumentos: um questionário para caracterização do grupo e uma entrevista semiestruturada. Foram respondentes do questionário 160 jovens, de ambos os sexos, e 30 da entrevista, havendo harmonia na distribuição dos estudantes do gênero masculino e feminino. Todos os procedimentos éticos foram respeitados, ou seja, a pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido conforme determina a Resolução 466/2012 e 510/2016. Os dados foram organizados. Os dados foram organizados em uma planilha do software Excel 2016, e as análises realizadas com emprego da estatística descritiva uni e bivariada. As informações discursivas das entrevistas foram transcritas e armazenadas em um arquivo no Software Microsoft Word 2007, e os dados analisados com emprego da técnica de análise de conteúdo, na modalidade temático-categorial. A caracterização dos estudantes demonstra que 72 (45%) tinham idades de 18-20 anos; cor autodeclarada branca (56,25%); moravam com os pais 100 (62,5%); 76(47%) não possuía namorado ou companheiro; 114(71,25%) se declararam heterossexuais; 56 (35%) nunca trabalharam. Em relação às práticas sexuais 101 (63,13%) tiveram a primeira relação sexual entre 12 e 17 anos e 117 (73,13%) usaram preservativo na ocasião; 85 (53,15%) informaram que sempre usam preservativos; 118 (73,75%) tiveram relações sexuais com parceiros fixos, e 52 (32,50%) informaram sempre usar preservativo com esses parceiros; 74 (46,25%) nunca negociam o uso do preservativo com a parceira sexual. Na análise dos dados discursivos emergiram três categorias: 1- Concepção dos universitários sobre as Infecções Sexualmente Transmissíveis, e duas subcategorias - Imagens e sentimentos associados às IST e Conceitos e conhecimentos sobre IST; 2- Práticas de prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis e a educação sexual; 3- Fatores que interferem no uso ou não de preservativos pelos estudantes. Pode-se apreender nos achados que os universitários associam a imagem das IST com lesões e falta de higiene, e a transmissibilidade com a pratica do sexo sem uso de preservativo. No grupo investigado a adoção do preservativo nas práticas sexuais não é recorrente, sendo empregado de modo seletivo conforme a parceria sexual. As práticas de prevenção de IST dos universitários são ancoradas na cultura e hábitos dos indivíduos, que assumem um comportamento sexual de risco em suas condutas sexuais. |