Práticas de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis entre homens jovens universitários
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/19066 |
Resumo: | Este estudo teve o propósito de analisar o conhecimento, as práticas de prevenção e a vulnerabilidade às infecções sexualmente transmissíveis de homens jovens universitários. Trata-se de uma investigação descritiva, qualitativa, realizada em uma universidade pública, situada no municipio do Rio de Janeiro, com universitários do sexo masculino, na faixa etária entre 18-29 anos e sexualmente ativos. Para a coleta de dados, foram empregados dois instrumentos: um questionário para caracterização do grupo e uma entrevista semiestruturada, tendo-se respeitado todos os procedimentos éticos de pesquisa envolvendo seres humanos, ou seja, a pesquisa foi aprovada por um Comitê de Ética em Pesquisa e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido conforme determinam as Resoluções 466/2012 e 510/2016. Os dados quantitativos foram organizados em uma planilha do software Excel 2003 e analisados com o emprego da estatística descritiva. As informações discursivas das entrevistas foram transcritas e armazenadas em um arquivo no Software Microsoft Word 2007 e analisadas com emprego da técnica de análise de conteúdo, na modalidade temático-categorial. Os participantes apresentavam a seguinte caracterização: tinham idades entre 24-29 anos (15); cor autodeclarada de pele parda e preta (15); moravam com os pais (nove); não possuíam namorado ou companheiro (16); declararam-se homossexuais (10). Em relação às práticas sexuais, tiveram a primeira relação sexual entre 16 e 20 anos (19) e usaram preservativo na ocasião (10). Na análise dos dados discursivos, emergiram três categorias: Categoria 1 - A compreensão dos homens universitários sobre as infecções de transmissão sexual; Categoria 2- Relacionamentos afetivos e a vulnerabilidade dos jovens universitários homens às Infecções Sexualmente Transmissíveis; Categoria 3- Práticas de prevenção de ISTs e os fatores que interferem no uso ou não de preservativos pelos universitários. Nos achados, pode-se apreender que os homens jovens universitários reconhecem que as ISTs são transmitidas pela prática do sexo desprotegido. Entretanto, muitos manifestaram o desuso ou uso descontinuado do preservativo, o que os torna vulneráveis às infecções de transmissão sexual. A imprevisibilidade das práticas sexuais, a confiança na parceria sexual nos relacionamentos estáveis e o consumo de bebidas alcoólicas são fatores que favorecem o desuso de preservativos. Percebeu-se, ainda, o uso de testes diagnósticos antes e depois das relações sexuais e o uso de antirretrovirais como práticas adotadas pelo grupo em substituição ao uso de preservativos. O grupo investigado revelou a busca de orientação com profissionais na atenção básica para atendimento e aconselhamento, contudo essa prática não é usual na população masculina devido a cultura e hábitos da sociedade. Os profissionais da Estratégia de Saúde da Família têm um papel relevante nas orientações para a saúde da população, com vistas à prevenção de agravos para o grupo de homens jovens. |