Homens que fazem sexo com homens, infecções sexualmente transmissíveis e as práticas de prevenção: um estudo de representações sociais
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Enfermagem Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Enfermagem |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/20577 |
Resumo: | As infecções sexualmente transmissíveis (IST) possuem grande impacto na vida sexual e reprodutiva em todo o mundo e o Ministério da Saúde (MS) aponta maior risco de infecção pelo HIV em homens que fazem sexo com homens (HSH). Nesse contexto o objetivo geral do estudo é analisar as representações sociais sobre as IST e a relação com as práticas de prevenção entre HSH. Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, com abordagem qualitativa, ancorado na abordagem estrutural da Teoria das Representações Sociais. A coleta de dados ocorreu de julho a outubro de 2022, em ambientes públicos no município do Rio de Janeiro após contato prévio com os participantes pelas redes sociais. Foram incluídos no estudo homens homossexuais, na faixa etária de 18 a 29 anos e sexualmente ativos, que responderam dois instrumentos de coleta de dados: um questionário de caracterização sociodemográfica e um formulário para captação de evocações livres, com dois termos indutores “DST” e “prevenção de DST”. Os dados sociodemográficos foram organizados numa planilha do software Excel. As evocações livres foram analisadas com auxílio do software EVOC com a construção do quadro de quatro casas. Participaram do estudo 100 jovens HSH com idades entre 26 e 29 anos (65%); cor de pele branca (49%); moravam com os pais (38%); não possuíam companheiro (66%) e possuíam vínculo empregatício remunerado (76%). No que tange as práticas sexuais, o uso regular do preservativo foi informado apenas por 38%; tinham parceria sexual fixa (67%) e desses, 45% utilizaram o preservativo de forma inconsistente ou esporádica. Entre os participantes 79% informaram relacionamentos com parcerias casuais, nos últimos 12 meses e desses, 59% utilizaram preservativos nas relações sexuais. Na análise prototípica ao termo indutor “DST”, os elementos que constituem o provável núcleo central da representação social dos HSH, definidos como os mais importantes em termos de saliência, foram os termos HIV, sífilis, doença, preservativos e medo. Para o termo indutor “prevenção de DST” os elementos que constituem o provável núcleo central, foram os termos preservativos, PrEP e cuidado. Na análise de similitude o cognema que obteve maior número de conexões para o termo indutor “DST” foi HIV; já para o termo indutor “prevenção de DST”, o cognema preservativo foi o que apresentou maior número de conexões, reforçando a possibilidade de centralidade deles. Conclui-se que existem conteúdos representacionais sobre as IST e a prevenção dessas infecções, na concepção de jovens HSH. Nessa perspectiva, os jovens demonstraram conhecimento acerca das IST e da prevenção (dimensão cognitiva), associaram o preservativo à prevenção de IST (dimensão imagética), informaram sentimentos e atitudes relacionados ao tema (dimensão afetivo/atitudinal), além de aspectos práticos em relação à prevenção das IST (dimensão prática). |