Arqueologia da memória digital: a produção de (não) presença nos arquivos do Wayback Machine
Ano de defesa: | 2020 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Comunicação Social Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Comunicação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/16707 |
Resumo: | A presente tese propõe uma genealogia das tecnologias de arquivo que nos permite articular a World Wide Web por meio de dois eixos principais: como um arquivo do mundo e como uma memória de si mesma. Embora ela proponha para si o papel de biblioteca universal que promove o acesso irrestrito a todo o conhecimento, apenas uma iniciativa como o Wayback Machine é capaz de preservar a memória da cultura digital, pois funciona como uma máquina do tempo que indexa websites e permite que sejam novamente acessados. Tomando esse arquivo como objeto, nosso propósito consiste em compreender as lógicas operativas e os processos tecnoculturais envolvidos nessa memória técnica; por isso, optamos pela arqueologia da mídia como ferramenta teórica e metodológica adequada para operar a máquina de memória e identificar as materialidades, as medialidades e as temporalidades por ela enunciadas. Como hipótese de pesquisa, entendemos que o Wayback Machine reconstrói o passado e regenera a memória da Web a partir da produção de presença, e também da não presença; para tanto, são articuladas conjuntamente as concepções de Hans Ulrich Gumbrecht e Wolfgang Ernst sobre o tema, enquanto o primeiro advoga por um caráter espacial do fenômeno, o segundo propõe algo como um choque temporal. Por fim, a arqueologia realizada no arquivo digital, entre as recorrências e as lacunas encontradas, depreende uma série de camadas (interfaces, código-fonte, anacronismo, crawler, frames fantasmas, erro) que remontam a ecologia midiática dessa experiência de memória web, capaz tanto de reproduzir o passado de modo aurático, quanto de produzir ruído a partir das falhas operacionais e das ausências demarcadas. |