Determinantes demográficos e socioeconômicos do consumo alimentar de funcionários de campi universitários do Rio de Janeiro: estudo Pró-Saúde
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Instituto de Medicina Social Hesio Cordeiro Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21683 |
Resumo: | A presente tese investiga os alimentos marcadores do consumo alimentar e associações com características demográficas e socioeconômicas individuais. Avaliaram-se funcionários técnico administrativos de campi universitários do Rio de Janeiro, participantes do Estudo Pró-Saúde. Os funcionários foram selecionados em 1999 (n=4030) e foram realizadas mais três ondas de seguimento (1999, 2001, 2006 e 2011-12), em um período de 13 anos. Para a presente tese foram utilizados dados da linha de base (1999) e de duas ondas de seguimento (2001 e 2011-12), além de dados transversais de uma subamostra de 520 funcionários da coorte, que preencheram um questionário de frequência alimentar (QFA), resultando em dois manuscritos. O objetivo do manuscrito 1 foi investigar o consumo alimentar segundo a extensão e o propósito do processamento e associações com características demográficas e socioeconômicas. O objetivo do manuscrito 2 foi avaliar a variação do consumo intraindividual de frutas e hortaliças folhosas e, investigar associações longitudinais com trajetórias de escolaridade e renda. No manuscrito 1, o grupo de alimentos in natura contribuiu com 59% do consumo energético e foi diretamente associado à idade. Em contraste, alimentos ultraprocessados contribuíram com 27% e foram inversamente associados à idade. Sexo, renda e escolaridade não foram associados ao consumo alimentar segundo a extensão e propósito de processamento. No manuscrito 2 observou-se que somente um quarto dos participantes relatou consumo diário de frutas e hortaliças nas três ondas do estudo. A variação da frequência diária de consumo de frutas e hortaliças durante os 13 anos foi associada principalmente às trajetórias de escolaridade, com diferentes resultados segundo o sexo. Homens e mulheres com trajetórias de mobilidade ascendente da escolaridade apresentaram maior chance de consumir diariamente frutas durante o período de seguimento, quando comparados àqueles com baixa escolaridade acumulada. Essa associação também foi encontrada entre homens com alta escolaridade acumulada, com efeito no consumo de frutas e no consumo de hortaliças. Trajetórias de renda não foram associadas às variações do consumo de frutas e hortaliças. A presente tese contribui para a compreensão do papel de determinantes socioeconômicos e demográficos individuais no consumo alimentar, assim como a caracterização e a descrição de iniquidades no consumo de alimentos marcadores da alimentação saudável entre os participantes da coorte do Estudo Pró-Saúde. |