Formas de pensar pesquisa-militância-infância com o Grupo de Pesquisa Infância e Saber Docente: Ensaios bakhtinianos
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17165 |
Resumo: | E no meio do caminho encontrei uma pedra, aliás muitas e quem não as encontra? Mas aquela pedra não era qualquer pedra, daquelas que ignoramos ou choramos diante dela, porque não somos o poeta que de pedra faz poesia. Choramos porque as pedras nos empedram. Mas aquela pedra tinha rastros de poesia, e se tornou a pedra fundamental que encontrei no caminho. Lembrei do Harry Potter e a pedra filosofal. Fundamental ou filosofal, acho que era uma pedra com as duas potências: fundar pensamentos. E assim, não me desviei, não chorei, não ignorei, apenas me sentei na cadeira, frente ao computador e, quando dei por mim, 157 páginas de narrativas. Para os que precisam ler, para os que foram convidados a ler, para aqueles curiosos, para os que leem porque têm empatia comigo ou porque não têm empatia comigo vou dizer dessas 157 páginas. A pedra filosofal que me inspirou na produção desta escritura é bakhtiniana, com aportes nas obras de Mikhail Bakhtin (2019, 2017, 2015, 2014, 1999) e seus leitores; mas também tive inspiração em Walter Benjamin (2011, 2009 e 1987) e outros pensadores dos estudos da infância e da literatura, uma forma de lapidação para conferir maior intensidade ao brilho da pedra. Como a inspiração bakhtiniana é cronotópica, a minha ação/motivação se deu na produção de uma narrativa que enuncie a trilogia pesquisa-infância-militância como um vértice de força de um grupo de pesquisa que se dedica à infância e ao saber docente, afirmando as crianças como sujeitos políticos e a educação infantil como um território de infância. Esta trilogia tem sustentado o compromisso deste grupo em criar uma produção acadêmica comprometida com o enfrentamento de toda a forma de colonização das práticas educativas com as crianças. Isso porque o tempo e o espaço estão impregnados de forças tóxicas, que paralisam, que desmobilizam, que enfraquecem as pessoas e as instituições, principalmente o que é público, que se tornou alvo dessas forças. Forças que encontraram na ciência, na produção acadêmica, nas pesquisas, nos pesquisadores e pesquisadoras o seu antídoto. Portanto, encontrei a força desta escritura na produção do conhecimento do Grupo de Pesquisa Infância e Saber Docente, coordenado na UERJ pela Profª Dra. Ligia Aquino. Este grupo é o herói desta narrativa. A compreensão respondente, o cotejo e a leitura cronotópica foram as formas metodológicas que fundamentaram o caminhar nesta experiência com a pesquisa, tanto para pensar as crianças e a infância, quanto para ler cronotopicamente as produções do GRUPISD, como também para pensar os cronotopos pelos quais essas produções ganharam forma: as pesquisas de mestrado expressas nas dissertações do GRUPISD, no período de 2013-2018, e os grupos de WhatsApp onde a presença nesses grupos fortalece a trilogia pesquisa-militância-infância. Nesse caminhar fui produzindo alguns acabamentos: pesquisa e militância estão na mesma cadeia de sentidos; a experiência é a melhor leitura com a infância, aquela que possibilitou as crianças em presença nas pesquisas do GRUPISD; pesquisar é militar com a ciência e a possibilidade de um grupo de pessoas políticas dissipar a atmosfera escatológica que paira sobre os contextos de democracia na nossa sociedade. |