Psicanálise e carnaval de rua do Rio de Janeiro: a folia entre a fantasia e o trauma colonial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Mendonça, Amanda Abigail Garcia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Instituto de Psicologia
Brasil
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Psicanálise e Políticas Públicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/21587
Resumo: Como psicanalistas partimos do não-saber, por isso este é um resumo feito de muitas perguntas, pois a partir delas é que foi possível a construção do presente trabalho. Por que fazemos carnaval de rua? O que fantasiamos quando nos fantasiamos? E mais: O que tem de traumático no que fantasiamos quando nos fantasiamos? A partir da pesquisa bibliográfica fomos percebendo que as publicações que entrelaçam psicanálise e carnaval são ainda escassas e assim outra pergunta surgiu: Por que interessa tão pouco à psicanálise uma das maiores celebrações culturais do mundo? Esse trabalho é uma breve contribuição aos estudos decoloniais em psicanálise através do estudo do carnaval de rua, apostando que aproximá-la do carnaval é uma maneira de aproximá-la também da brasilidade e da carioquice. O primeiro capítulo, então, prepara o solo da discussão ao trazer o diálogo entre psicanálise e cultura a partir da recuperação de alguns trabalhos importantes, são eles: Estudos Sobre a Histeria (1893-1895/2016) devido à sua importância na construção do conceito de fantasia, trauma e realidade psíquica; Psicologia das Massas e Análise do Eu (1921/2020) para sustentar a ideia de uma massa crítica e carnavalesca e O Mal-estar na Cultura (1930/2020) para pensar a pulsão. Finalizamos o primeiro capítulo com a metodologia através da pergunta: como colocar o divã no carnaval? O segundo capítulo trata exclusivamente do carnaval de rua a partir da história e da discussão a respeito do traço político e subversivo e finaliza abordando a retomada do carnaval de rua em 2022 e 2023. Já o terceiro e último capítulo se intitula O Teatro Catártico: fantasia e trauma colonial, e trabalha a fantasia em psicanálise, além da noção de trauma colonial, entrelaçando-os ao carnaval de rua. Assim, apostamos na folia como uma produção da fantasia para a elaboração do trauma colonial.