Ficorremediação de compostos orgânicos e inorgânicos por três espécies de microalgas em água mineral
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia Brasil UERJ Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/17783 |
Resumo: | A ficorremediação já foi reconhecida como uma abordagem alternativa e promissora para o tratamento de águas residuais e tem recebido atenção considerável nos últimos anos. A capacidade de remover contaminantes orgânicos e inorgânicos em águas residuais e de sobreviver sob condições ambientais extremas torna as microalgas excelentes candidatas para uso em uma etapa final de polimento de águas residuais. O objetivo deste estudo foi avaliar três espécies de microalgas fotossintéticas unicelulares (Chlorella vulgaris, Desmodesmus subspicatus e Raphidocelis subcapitata) em monoculturas, quanto à capacidade de remoção e biotransformação de compostos orgânicos e inorgânicos, usualmente presentes em efluentes domésticos, para futuras aplicações como etapa de polimento em sistemas descentralizados de tratamento de águas residuais. As microalgas foram expostas à uma solução com 600 mg/L de DQO, 24 mg/L de nitrogênio total e 10 mg/L de fosfato, em água mineral em duas densidades populacionais iniciais (105 e 107 algas/mL), com aeração constante, temperatura de 23-27°C e fotoperíodo de 16: 8h (claro: escuro). Após 96h, foi observada produção de biomassa para as três espécies de microalgas, com aumento de 17,3 vezes na densidade de 105 algas/mL e 11,4 vezes na densidade inicial de 107 algas/mL, em comparação com dois controles estabelecidos com água mineral e meio de cultivo, que tiveram produção de biomassa de 2,0 e 8,7 vezes dos valores iniciais, respectivamente. A redução da DQO observada (superior a 78% em todos os ensaios) foi relacionada à densidade de algas, sendo maior nos bioensaios com 107 algas/mL. A maior remoção de nitrogênio (80% ou 19,1 mg/L) foi observada no bioensaio com C. vulgaris (107 algas/mL), enquanto D. subspicatus promoveu a maior remoção de fosfato (34% ou 3,8 mg/L). Contudo, considerando todos os bioensaios, as remoções de nitrogênio e fosfato alcançaram a máxima de 68% e a mínima de 21%, respectivamente. Esses resultados reforçaram o potencial do uso de microalgas como uma etapa de polimento em sistemas descentralizados de tratamento de águas residuais. |