Biotecnologia aplicada à remoção do brometo de etídio por ficorremediação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Almeida, Heleno Cavalcante de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10871
Resumo: Os resíduos químicos gerados por laboratórios de pesquisa e/ou de ensino em universidades e centros de pesquisa, se não forem manuseados adequadamente, geram uma grande preocupação, devido aos riscos ambientais. Alguns resíduos de compostos orgânicos são descartados de forma incorreta quando são provenientes de lavagem de vidraria e limpeza de equipamentos laboratoriais. O brometo de etídio (EtBr) é um composto orgânico amplamente utilizado como um intercalador de DNA em procedimentos de biologia molecular. Este tem a capacidade de intercalar na molécula de DNA, tornando-o uma substância tóxica. Entre as estratégias de tratamento de águas residuais, o uso de microalgas (ficorremediação) tem sido considerado como uma opção potencialmente eficaz para remoção de contaminantes. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito ecotoxicológico do EtBr e a sua remoção em matriz aquosa por três espécies de microalgas unicelulares individualmente (Chlorella vulgaris, Desmodesmus subspicatus e Raphidocelis subcapitata) e em mistura (Mix). A concentração de EtBr que causou efeito em 50% (EC50) da microalga D. subspicatus foi 0,375 mg/l e a maior concentração que não causou efeito (NOEC) foi 0,25 mg/L. No primeiro ensaio de tratabilidade de 24h a R. subcapitata quando exposta a concentração de 2,0 mg/l de EtBr apresentou uma remoção total (microalgas + fotodegradação) de 34%, sendo 13 % por fotodegradação e 21% pelas microalgas, sendo que 13 % de remoção ocorreu nas primeiras 6 h. No segundo ensaio de tratabilidade não foram observadas grandes variações no número de algas/mL após 3 h de exposição a uma solução 0,5 mg / L de EtBr em água mineral, começando e terminando com 106 algas / mL, com exceção de R. subcapitata que terminou com 107 algas / mL. Os resultados em valores absolutos de remoção de EtBr (medidos por fluorescência) após 1 h de tratamento foram: Mix>D. subspicatus>C. vulgaris>R. subcapitata. Após 3 h os melhores resultados em valores absolutos (mg de EtBr) foram: Mix>D. subspicatus>R. subcapitata>C. vulgaris. No entanto, se forem considerados dados relativos de densidade de microalgas (mg/algas/mL), a classificação após uma hora foi: C. vulgaris> Mix>D. subspicatus>R. subcapitata; após 3 h o ranking foi: D. subspicatus>C. vulgaris> Mix>R. subcapitata. Concluiu-se que, apesar do baixo percentual de remoção de EtBr (<11%) obtido com Mix, isso possivelmente esteve relacionado com a baixa densidade de microalgas (106 algas/mL) nos ensaios de tratamento. Com base nesses resultados, foi possível estimar a densidade de cada espécie de microalgas necessária para a remoção total de EtBr, como segue: 1010 algas/mL para C. vulgaris, D. subspicatus e Mix; e 1011 algas/mL para R. subcapitata.