Ficorremediação do hormônio feminino 17-alfa etinilestradiol (EE2) pela microalga Chlorella vulgaris

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rabello, Vinícius Malta
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Tecnologia e Ciências::Faculdade de Engenharia
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10877
Resumo: Esgotos domésticos lançados no ambiente representam um dos problemas mais graves e crônicos de saúde humana e ambiental no Brasil. Nas últimas décadas, os micropoluentes ambientais, como o 17-alfa etinilestradiol (EE2), vêm sendo constantemente detectados em concentrações muito baixas nas águas superficiais, pois dentre outras questões, observa-se que as estações de tratamento de esgoto atuais, em sua imensa maioria, não foram concebidas para remoção de micropoluentes. Para este problema o tratamento de águas residuais por processo de ficorremediação está atraindo o interesse, por ser uma tecnologia de baixo custo, boa eficácia e simplicidade operacional. Neste estudo investigou-se através de ensaio de bancada o potencial de biorremoção do hormônio 17-alfa etinilestradiol (EE2) pela microalga unicelular, Chlorella vulgaris. Para isto a microalga foi exposta a concentração de 50μgL-1 do EE2 em água mineral comparando os resultados aos controles positivo, composto pelo hormônio e água mineral, e negativo, composto somente por água mineral e alga. Os ensaios foram monitorados por 168 horas através de contagem de células, verificação da biomassa seca, análise cromatográfica e teste para verificação de atividade estrogênica (YES). Os resultados obtidos comprovam o papel da alga na degradação do hormônio com a redução da concentração ao término do ensaio de bancada de 29,48 μgL-1, frente aos 11,98μgL-1 medidos na amostra controle de fotodegradação. Nas primeiras 24 horas foi verificada a maior eficiência das algas na biodegradação do composto, quando em comparação ao controle, que não apresentou degradação neste mesmo período. A produção de biomassa algal não foi afetada pela exposição ao hormônio, sendo ligeiramente superior quando em contato com o mesmo. A avaliação da atividade estrogênica do efluente resultante da ficorremediação apontou uma redução da atividade nas amostras extraída das algas (sorção pelas algas). No entanto, no meio livre houve oscilações com uma redução significativa verificada apenas nas primeiras 24 horas. C. vulgaris mostrou-se promissora para o estudo de biodegradação dos micropoluentes ambientais.