Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Moscal , Jandaira dos Santos
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Orientador(a): |
Sahr, Cicilian Luiza Lowen
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Banca de defesa: |
Teixeira, Cristina Frutuoso,
Rosas, Celbo Antonio Ramos da Fonseca |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação Mestrado em Gestão do Território
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Departamento: |
Departamento de Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/2431
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Resumo: |
O Vale do Ribeira, localizado na divisa entre São Paulo e Paraná, é um território composto por um mosaico de áreas naturais protegidas com relevante diversidade ecológica, mas também étnica e cultural. O Parque Estadual das Lauraceas é uma dentre as diversas Unidades de Conservação aí presentes. Criado em 1979, o território deste Parque sobrepôs-se ao território historicamente ocupado por comunidades remanescentes de quilombo, como João Surá, São João e Córrego do Franco. Considerando esse contexto, a presente investigação busca compreender as conflitualidades territoriais emergentes a partir desta sobreposição. Para operacionalização da investigação foram explorados os conceitos de território e quilombo, documentos históricos, discursos institucionais e relatos dos quilombolas. O estudo demonstra que o processo de criação do Parque foi pautado na proteção da biodiversidade, sem considerar a sociodiversidade de seu território. Os conflitos eminentes foram enfrentados pelo Estado com o reassentamento dos ocupantes do interior para áreas limítrofes ao Parque. O resultado foi uma mudança na dinâmica socioespacial em seu interior e entorno, bem como, na relação das comunidades com ambiente vivido. A partir de 2005, entretanto, uma série de legislações foram criadas com o intuito de incluir os quilombolas como sujeitos políticos e lhes garantir uma série de direitos antes negados. Entre as políticas direcionadas a esse grupo está a de regularização fundiária, garantindo-lhes o direito a um território e, com isso, assiste-se novamente ao acirramento das conflitualidades. Os dispositivos legais, todavia, garantem aos quilombolas maior participação social e protagonismo na gestão do Parque. Os gestores do Parque Estadual das Lauraceas e as comunidades quilombolas, todavia, ainda tem um longo caminho a percorrer para conciliar conservação de recursos naturais e culturais no Vale do Ribeira. |