Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Gnatta, Hellen Terluk
|
Orientador(a): |
Saleh, Pascoalina Bailon de Oliveira
|
Banca de defesa: |
Costa, Luciane Trennephol,
Galli, Juliana Ferreira Marcolino |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual de Ponta Grossa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós - Graduação em Estudos de Linguagem
|
Departamento: |
Departamento de Estudos da Linguagem
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3202
|
Resumo: |
Esta pesquisa nasce de um percurso acadêmico, iniciado na graduação, que despertou o desejo de olhar para bebês em aquisição de linguagem que, com a entrada cada vez mais cedo de bebês em creches e berçários, se encontram inseridos no ambiente escolar, ou seja, separados de seu agente maternante. Entende-se que tanto a creche quanto os educadores de berçário cumprem um papel social essencial na constituição subjetiva dessas crianças e, ao abordar os cuidados de bebês em berçário, considera-se que a relação com o Outro – a interação entre o educador/cuidador e o bebê –, é fundamental para a constituição da linguagem e do sujeito. Os pressupostos teóricos que dão sustentação ao trabalho são do Interacionismo na área de aquisição de linguagem, proposto por Claudia de Lemos, o qual, a partir da aproximação ao estruturalismo europeu na Linguística e à Psicanálise, entende que a linguagem é causa de haver sujeito, uma vez que é ela que coloca um corpo em cena para mobilizar um texto, ainda que motoramente e sem fala articulada, como no caso dos bebês, e que há um corpo pulsional, ou seja, que pede a interpretação do Outro. Com base nesse quadro teórico, que é também a base da Clínica da Linguagem, este trabalho tem por objetivo observar como se dá as relações educador-bebê, para que se possa apreender os efeitos que as produções verbais e não verbais das crianças provocam nas educadoras, como se dão as interações e as brincadeiras nesse cenário são realizadas. Os dados desta pesquisa resultaram de 17 sessões de observação do berçário, em atividades cotidianas, no qual se inseriam oito bebês de 04 a 18 meses. As observações foram gravadas em vídeo e, posteriormente, transcritas a partir das convenções de Preti (1999) Para realizar a análise, recortou-se cenas específicas das interações registradas. Os resultados obtidos mostram que: a dinâmica e rotina do berçário são trabalhosas e não favorecem as interações entre professora-bebês; o momento em que mais ocorrem interações é ao alimentar e ao higienizar os bebês; professoras e estagiárias assumem diferentes posições frente aos bebês; o brincar está imbricado ao fazer do berçário. As considerações finais desta pesquisa apontam para a importância do papel social que a creche e os professores de berçário assumem frente aos bebês bem como para a importância do Outro na sua constituição subjetiva e de falante. O bebê que ali se encontra, por ainda estar nos apelos da linguagem, é enigma que interroga o Outro, que interroga o fazer do educador, indicando que o fazer do berçário é outro, que difere da educação infantil. |