Tecnologias Digitais na Educação Matemática: um panorama dos Grupos de Pesquisa brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nunes, Karen Larissa Xavier lattes
Orientador(a): Grossi, Luciane lattes
Banca de defesa: Borba, Marcelo de Carvalho lattes, Freire, Leila Inês Follmann lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós - Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática
Departamento: Departamento de Matemática e Estatística
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/3906
Resumo: A inserção de recursos tecnológicos no contexto escolar, que se intensificou com o Ensino Remoto Emergencial, só é efetiva quando são consideradas as questões pedagógicas envolvidas neste processo. Devido a isso, é fundamental pesquisar sobre os desdobramentos do uso de Tecnologias Digitais (TD) no processo de ensino e aprendizagem. No Brasil, grande parte das produções científicas são desenvolvidas pelos Grupos de Pesquisa (GP), cujos dados são armazenados no Diretório de Grupos de Pesquisa, da plataforma Lattes. Tendo isso em vista, esta pesquisa objetiva mapear os Grupos de Pesquisa brasileiros que possuem linhas de pesquisa sobre TD em Educação Matemática. Trata-se de uma pesquisa documental, exploratória, de abordagem qualitativa. Foram catalogados 161 GP brasileiros e 191 linhas de pesquisa, sendo que alguns GP possuem mais de uma linha de pesquisa sobre TD em Educação Matemática. A maior parte dos GP (90%) pertence à grande área Ciências Humanas, área Educação ou à grande área Ciências Exatas e da Terra, área Matemática. A região em que mais foram identificados GP que estudam as TD em Educação Matemática foi o Sudeste (47), onde se localizam as maiorias das Instituições de Ensino Superior brasileiras. Os GP foram criados entre 1993 e 2022, sendo que 92% surgiram após 2004, com o advento da internet rápida. Das 191 linhas, foram excluídas as que não tinham o campo objetivo preenchido, sendo analisadas 168, com base nas seguintes categorias de objetivos pré-determinadas: compreensivos, avaliativos, propositivos, generalistas e objetivos-meio. Destas, 74 tiveram o objetivo considerado generalista ou objetivo-meio, não sendo possível identificar os direcionamentos de pesquisa dos GP a quais estas linhas pertencem. Entre as demais 94 linhas, 83 foram agrupadas conforme categorias emergentes em relação às temáticas de estudo dos GP, que foram: Informática (28), Formação Docente (26), Ambientes Virtuais de Aprendizagem (13), Jogos (6), Dispositivos Digitais (5), Formação Discente (5), Educação Inclusiva (4), Pensamento Computacional (4), Objetos de Aprendizagem (3), Educação a Distância (3), Vídeos (3) e Avaliação com TD (2). Evidenciamos que a Informática e a Formação Docente são temas já bastante explorados no âmbito dos GP com linhas de pesquisa sobre TD em Educação Matemática, enquanto a Educação Inclusiva, Pensamento Computacional, Objetos de Aprendizagem, Educação a Distância, Vídeos e Avaliação com TD ainda demandam de atenção por parte dos GP. As demais 11 linhas de pesquisa não se encaixaram nas categorias emergentes de temáticas estudadas pelos GP, mas foram analisados em relação ao contexto em que as TD são trabalhadas em Educação Matemática ou à orientação teórica das pesquisas. Com o desenvolvimento desta pesquisa conseguimos apontar os direcionamentos dos GP brasileiros que estudam sobre o uso das TD em Educação Matemática, que podem servir de subsídio para GP que queiram (re)estruturar suas linhas de pesquisa, contribuindo, assim, para o fortalecimento de suas identidades, e gerando reflexões acerca dos rumos deste campo de pesquisa.