Correntezas poéticas: negritude feminina na literatura brasileira contemporânea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Barbosa, Roberta Tiburcio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/5050
Resumo: O termo literatura negro-brasileira, cunhado por Cuti (2010), reúne um conjunto de produções que se conectam por meio da autoria e das subjetividades negras em evidência. O presente estudo analisa seis autoras que se destacam na atualidade em razão do modo como a negritude se apresenta em suas produções. Defendemos a tese de que há na literatura brasileira contemporânea escrita por mulheres negras o surgimento de uma figura feminina signo de empoderamento do grupo a que pertencem tais autoras e, consequentemente, a reconfiguração do campo literário no que diz respeito aos temas e aos elementos que constituem a narrativa (narrador(a), personagem, espaço, tempo e enredo) e no que concerne à produção poética. Por essa razão, as escritoras em foco navegam pelos mares da poesia e da prosa. Os três capítulos nos quais se divide esta reflexão abordam questões como escravidão, racismo, trabalho, e ancestralidade, e os modos de formalização de tais questões no texto literário. Para tanto, esta tese analisa o seguinte corpus literário: Navio Negreiro (2019), de Maria Duda, Nada digo de ti que em ti não veja (2020), de Eliana Alves Cruz, Poemas da recordação e outros movimentos (2017), de Conceição Evaristo, Redemoinho em dia quente (2019), de Jarid Arraes, O tapete voador (2016), de Cristiane Sobral, e Maréia (2019), de Miriam Alves. Temos por objetivos: investigar como as produções em foco semiotizam as revoluções sociais e literárias engendradas pela ancestralidade negra; estudar de que maneira tais produções corroboram o afloramento das demandas referentes à subjetividade feminina negra no discurso literário; e compreender os (re)arranjos estético-filosóficos desencadeados pelas escritas em análise na literatura brasileira contemporânea. Além do conceito de literatura negro-brasileira, as discussões abordadas nesta tese bebem das fontes das considerações sobre o percurso dos sujeitos negros, realizadas por Grada Kilomba (2019); sobre a mulher negra, por bel hooks (2022); do racismo estrutural, segundo os estudos de Sílvio de Almeida (2019); das questões pertinentes à mulher negra na América Latina, pela ótica de Lélia Gonzalez (2020); entre outros pensadores que contribuem para a compreensão do processo de empoderamento negro operado na literatura.