A representação do feminino negro na escrita de Cidinha da Silva e Conceição Evaristo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dornelas, Alessandra Aparecida Muniz lattes
Orientador(a): Rocha, Enilce do Carmo Albergaria lattes
Banca de defesa: Bezerra-Perez, Carolina dos Santos lattes, Aragão, Daniela Pereira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11237
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo refletir sobre a representação da mulher negra na literatura negro-brasileira de autoria feminina, bem como as consequências que essas representações trazem para a vida dessas mulheres, que por muito tempo foram retratadas pela literatura de forma estereotipada, sendo desconsideradas enquanto sujeito político, donas de seus pensamentos e discursos. Procuramos demonstrar a mulher negra que rompe com os silêncios e com as funções preestabelecidas que foram impostas a ela. Através da leitura da obra de Cidinha da Silva, percebemos um perfil comum à mulheres negras descritas por ela, dessa forma foram selecionados para compor o corpus analítico desta dissertação: a peça de teatro Engravidei, pari cavalos e aprendi a voar sem asas (2014), trechos do livro Os nove pentes D’África (2009), e alguns contos do livro Cada tridente em seu lugar (2010); junto com esses será analisado o livro de contos Olhos d’água, da escritora Conceição Evaristo, publicado em 2014. Nossa pesquisa busca refletir sobre o que há de comum entre essas mulheres, personagens e escritoras. Para realizarmos essa tarefa, utilizaremos como referencial teórico e crítico, intelectuais negras e feministas, tais como Sueli Carneiro (2017), Nilma Lino Gomes (2012), Angela Davis (2017), bell hooks (1995), Mirian Cristina Santos (2018), as quais nos servem de suporte na análise da trajetória da mulher negra tanto na literatura, quanto no estudo das temáticas comuns as duas obras. Em síntese, nosso trabalho buscar trazer para o cerne da discussão a dívida histórica que o feminismo tem com essas mulheres, bem como a literatura, que durante muito tempo contribuiu para o silenciamento da população negra, reproduzindo no campo literário a realidade de uma sociedade racista, sexista e machista.