Ensino da vírgula no Ensino Fundamental: da concepção tradicional à interacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lima, Regina Claudia Custodio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Humanidades - CH
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação Profissional em Letras - PROFLETRAS
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3102
Resumo: O ensino de Língua Portuguesa nas escolas de educação básica ainda passa por grandes dificuldades metodológicas, especialmente no que diz respeito ao ensino dos conteúdos gramaticais, dentre os quais destacamos, nesta pesquisa, o emprego da vírgula. Uma produção textual diagnóstica realizada entre os alunos do 6° ano de uma escola municipal de João Pessoa demonstrou que essa dificuldade se reflete em suas produções textuais, já que a vírgula é elemento importante para estruturar as frases, conferindo-lhes ritmo e sentido, evitando ambiguidades ou distorções. Nossa hipótese é de que o professor pode propor atividades para o ensino do uso da vírgula que sejam complementares àquelas já existentes no livro didático, utilizado como o principal instrumento de trabalho em sala de aula. Nosso objetivo é descrever a aplicação de um módulo didático com base nos três eixos do ensino da gramática propostos por Vieira (2014) e nas três dimensões da linguagem descritas por Neves (2005) com o intuito de desenvolver nos alunos a capacidade de observação e uso da vírgula na separação de termos com a mesma função sintática. Para atingir tal objetivo finalidade adotamos como aporte teórico os estudos de Bakhtin (2003) sobre a perspectiva interacional da linguagem e de pesquisadores que têm examinado o papel rítmico da vírgula, como Chacon (1998) e Cagliari (1989). Sobre os aspectos relacionados à estilística e semântica, selecionamos os estudos de Soncin (2014), Bakhtin (2008 e 2013) e Dahlet (2006). A metodologia foi fundamentada a partir da abordagem qualitativa da pesquisa, constituindo-se em um estudo do tipo bibliográfico/documental/pesquisa-ação. A análise do livro didático evidenciou a tentativa, ainda superficial, de ensino de vírgula sob a perspectiva interacional e, portanto, a necessidade de intervenções que ampliem as possibilidades didáticas para seu ensino. A análise dos resultados indica que as atividades aplicadas puderam auxiliar os alunos na aprendizagem do uso da vírgula para separar termos enumerados em seus próprios textos.