Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Tainan Garcia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/181247
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Resumo: |
Este trabalho objetiva descrever e analisar empregos convencionais e não convencionais da vírgula – os chamados, respectivamente, “acertos” e “erros” pela instituição escolar – em textos escritos no Ensino Fundamental II (EFII). Investiga-se se o uso da vírgula tem relação com características sintáticas e prosódicas dos enunciados da língua. A proposta desta pesquisa encontra fundamento no fato de o emprego da vírgula ser considerado como sinal de pontuação complexo quer por sua natureza, dadas as possibilidades de interpretação de como esse sinal estabelece relação entre fala e escrita, quer por haver certa instabilidade quanto a regras de seu emprego, haja vista variação das regras de uso entre gramáticas. Em face dessa complexidade, é investigada a presença e a ausência da vírgula em uma amostra longitudinal de textos de alunos do EFII - etapa em que é previsto o ensino da pontuação. Esta dissertação assume duas hipóteses: 1) usos de vírgulas mudam ao longo dos anos de escolarização em função do ensino de regras de emprego das vírgulas e 2) usos de vírgulas, em especial, os não convencionais, fornecem indícios da mobilização de informações de dimensão prosódica da língua na organização e delimitação das fronteiras de um texto escrito. Com base nos resultados obtidos, há evidências de que o emprego convencional da vírgula aumenta conforme aumenta os anos de escolarização, resultado esperado e agora demonstrado. Em relação à primeira hipótese, verifica-se flutuação entre as médias dos usos convencionais e as médias dos usos não convencionais do sinal de pontuação ao final do EFII, sugerindo que a aprendizagem de determinadas regras sintáticas do emprego do sinal gráfico ocorre para um conjunto de contextos sintáticos, porém, em outros contextos, a vírgula continua a ser empregada não convencionalmente. Em relação à segunda hipótese, foram encontradas evidências da relação entre o uso da vírgula e a organização prosódica dos enunciados do Português Brasileiro: a extensão de algumas estruturas e a possibilidade de a localização da vírgula coincidir com possíveis fronteiras prosódicas podem resultar no uso convencional ou não convencional da vírgula. |