Arquitetura de copas de espécies da caatinga: Um reflexo do estresse hídrico na vegetação do semiárido brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Cavalcante, Carolline Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3053
Resumo: A arquitetura copa é influenciada por fatores genéticos e ambientais, que são intermediados por hormônios vegetais. Para evitar o excesso de radiação e a perda de água por transpiração, as espécies de ambientes áridos como a Caatinga desenvolveram estratégias de sobrevivência. Na Caatinga, as espécies foram agrupadas de acordo com a sua fenologia foliar e espera-se que os diferentes padrões fenológicos estejam relacionados às características morfológicas da planta, inclusive de sua copa. Sendo assim, objetivo deste estudo foi caracterizar a arquitetura da copa de grupos com diferentes fenologias foliares da Caatinga e compreender as relações existentes. Foram representadas as copas nove espécies, sendo três perenifólias, três decíduas de 2-3 meses e três decíduas de 4-6 meses e para cada espécie foram analisados três indivíduos, totalizando 27. Para cada indivíduo foi contabilizado o número de conectores, nós regulares, nós finais e nós de emissão, além das distâncias entre os diferentes tipos de nós. Os resultados mostraram que entre os grupos analisados, as maiores médias para o número de nós e conectores foram apresentadas pelo grupo das decíduas de 2-3 meses, seguido pelo grupo das perenifólias e por fim, pelo grupo das decíduas de 4-6 meses. Para as distâncias, apenas a distância entre nós finais vizinhos diferiu entre os grupos, de modo que o grupo das perenifólias apresentou a menor média. As copas menos segmentadas das decíduas de 4-6 meses facilitam a distribuição de recursos por toda a planta de forma rápida, enquanto que copas mais segmentadas, como das decíduas de 2-3 meses evitam o autosombreamento das folhas ao longo dos ramos. Espécies perenifólias apresentaram complexidade de copa reduzida, com autosombreamtento evitando a perda excessiva de água, evidenciando uma relação entre a fenologia foliar e a arquitetura da copa em espécies da Caatinga.