Composição bromatológica de forragem de espécies arbóreas da Caatinga Paraibana em diferentes altitudes.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: DAMASCENO, Mário Medeiros.
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande
Brasil
Centro de Saúde e Tecnologia Rural - CSTR
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA ANIMAL
UFCG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/8509
Resumo: A caatinga, bioma só encontrado no Brasil, é uma formação composta de vegetação xerófila de porte arbóreo, arbustivo e herbáceo com elevada diversidade de espécies. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da altitude na composição bromatológica de forragem das espécies da catinga Capparis flexuosa L. (feijão bravo), Cnidoscolus phyllacanthus (Muel. Arg.) Pax et. K. Hoffm. (favela), Caesalpinia pyramidalis Tul. (catingueira), Mimosa tenuiflora (Willd) Poiret (jurema preta) e Bauhinia cheilantha Bong. (mororó), coletadas no Planalto da Borborema e Depressão Sertaneja Setentrional, as quais foram escolhidas após consulta a produtores rurais e agropecuaristas da região. O experimento, no delineamento em blocos ao acaso (DBC) num esquema fatorial 2x5 (dois níveis de altitude x cinco espécies) com cinco repetições, foi conduzido nas Fazendas Tapuio e Serra do Talhado, no município de Santa Luzia, Paraíba. O parâmetro avaliado foi a composição bromatológica de cada espécie, obtida pela coleta de 500g de material vegetal de material de cada planta em cada momento, para determinação da percentagem de MS, PB, FDN e EB. A primeira coleta de forragem foi efetuada com as plantas na fase de vegetação plena (FVP), e a segunda na fase de dormência (FD). Houve efeito significativo entre espécies (P<1%) para os teores de MS, PB, e FDN na FVP, e para PB e FDN na FD, no Planalto da Borborema. A altitude afetou significativamente (P<1%) todas as características bromatológicas na FD. Os teores de PB e EB foram superiores para todas as espécies na FVP, e os teores de MS foram superiores na FVP para as espécies feijão-bravo, jurema preta e mororó. Os teores de FDN na FD superaram aqueles encontrados na FVP. Conclui-se que: 1. os teores de proteína bruta obtidos em todas as espécies superaram o valor mínimo exigido pelos ruminantes; 2. o material coletado na fase de dormência apresentou maior teor de fibra que na fase de vegetação plena; 3. os atributos bromatológicos obtidos sugerem a inclusão destas espécies na formulação de manutenção da dieta de ruminantes; 4. a coleta de forragem pode se dá em mais de uma época do ano, observando-se sempre a regularidade pluviométrica e a sazonalidade das espécies e 5. a altitude exerceu influência no teor de proteína bruta nas espécies, na fase de dormência.