COMUNIDADE TALHADO - UM GRUPO ÉTNICO DE EMANESCÊNCIA QUILOMBOLA: UMA IDENTIDADE CONSTRUÍDA DE FORA?
Ano de defesa: | 2007 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Educação, Linguagem e Cultura; Políticas Sociais BR UEPB Mestrado Interdisciplinar em Ciências da Sociedade |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2142 |
Resumo: | Este trabalho é resultado de um estudo de identidade numa comunidade rural mestiça (negros e caboclos) denominada Talhado , no município de Santa Luzia, Estado da Paraíba. A comunidade começou a ser habitada a partir de 1860, viveu uma fase de semi-isolamento e sofreu, a partir de 1970, um processo emigratório que reduziu consideravelmente sua população. Em 2004, a Fundação Cultural Palmares emitiu a certidão de auto-reconhecimento do Talhado como remanescente das comunidades dos quilombos, despertando novas expectativas para o grupo e gerando, para o mundo acadêmico, outras possibilidades interpretativas e até explicativas sobre sua especificidade étnica. Utilizando-se de um processo metodológico triangular que combina a História de Vida (um dos gêneros da História Oral) com o modelo etnográfico desenvolvido por Arruti (2006), investigamos o processo de construção da identidade quilombolas do Talhado. Teoricamente, analisamos os referenciais acadêmicos existentes sobre o assunto, a saber: o documentário Aruanda de Linduarte Noronha e as duas dissertações de mestrados produzidas pela antropóloga Josefa Salete Barbosa Cavalcanti e pelo sociólogo José Vandilo dos Santos, bem como, trabalhamos com as definições de Identidade Étnica, Remanescência Quilombola (incluso a idéia de Quilombo) e Memória. Averiguamos que Talhado não apresenta um conhecimento sobre essa identidade quilombolas que lhe é atribuída, constituindo-se, portanto, numa construção externa. Assim sendo, pela oralidade, enfatizamos a questão da Identidade enquanto construção do próprio grupo. |