Talhando um grupo étnico, o processo de recomposição identitária nas comunidades quilombolas de Serra do Talhado.

• Ano de defesa: 2010
• Autor(a) principal: ALMEIDA, Luiz Rivadávia Prestes.
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Campina Grande; Brasil; Centro de Humanidades - CH; PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS; UFCG
• Palavras-chave em Português: Etnicidade; Recomposição Identitária; Comunidades Quilombolas; Serra do Talhado - Santa Luzia (PB); Quilombos; Reações Étnicas; Identidade Étnica; Etnografia; Ethnicity; Identity Recomposition; Quilombola Communities; Ethnic Reactions; Ethnic Identity; Ethnography; Ciências Sociais
• Link de acesso: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/7381

A partir da Assembleia Constituinte de 1988 a expressão Remanescente das Comunidades de Quilombos inscrita no artigo 68 dos ADCT vem suscitando discussões e impasses sobre a noção de Quilombo. Atualmente, extrapolando sua concepção histórica, ele tornou-se um conceito antropológico com o qual se procura dar conta de uma complexa realidade que diz respeito, entre outras coisas, aos direitos e a identidade das comunidades negras - não mais apenas as rurais, mas também as urbanas. As comunidades do Talhado (Comunidade Quilombo de Serra do Talhado e Comunidade Urbana de Serra do Talhado) em Santa Luzia/PB, auto-reconhecidas como quilombos pela FCP, são expressões concretas dos conteúdos daquelas discussões. O Talhado e a sociedade em que está inserido, Santa Luzia, constituem-se no cenário de relações interétnicas em que a recomposição da identidade étnica e os direitos de comunidades quilombolas, daquela, são questionados por segmentos da sociedade envolvente. O presente estudo procura mostrar o processo e as implicações de recomposição da identidade étnica do Talhado. Mesclando etnografia e pesquisa histórica discute-se neste trabalho o significado que termos como quilombo e quilombola assumem para a referida comunidade, e como a nova identidade gera novas relações dentro da comunidade e, principalmente, com a sociedade envolvente.