A derrisão paródica e as formas de (re)significações na poética de Bernardo Guimarães
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC Brasil UEPB Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.bc.uepb.edu.br/tede/jspui/handle/tede/2451 |
Resumo: | O objetivo da pesquisa foi propor uma discussão acerca do riso na obra poética do ultrarromântico Bernardo Guimarães. Tal estudo torna-se relevante na medida em que seus poemas fazem parte de um momento revolucionário do romantismo brasileiro, por apresentar características dissonantes, que conduzem o poeta à paródia e ao humor. Isso fez e faz com que a sua poesia cause estranheza aos paradigmas literários canônicos, dadas as proposições satíricas e bestialógicas. De fato, Bernardo Guimarães instaurou na literatura brasileira um novo momento de dimensões profundas. Através da paródia e da sátira, temas ―intocados‖ foram magistralmente conduzidos à galhofa. Dessa forma, procurando desvendar os mistérios que envolvem as vicissitudes do riso na poesia bernardiana, a pesquisa se encaminhou pelos aspectos eróticos, satíricos e bestialógicos. Em um primeiro momento, trouxemos um diálogo entre dois dos elementos: a resiliência e a ética. Assim, analisaremos as significações e (re) significações que os poemas bernardianos podem adquirir em diversos contextos, levando em consideração a resiliência como um processo pelo qual os sujeitos afetados psíquica, física ou moralmente podem melhorar ou piorar na sua aventura existencial. Refletiremos, portanto, sobre o processo da resiliência em relação com a ética romântica nos poemas de Bernardo Guimarães. Aqui, o nosso apoio teórico será CYRULNIK (2001); CANDIDO (2007) e BOSI (2000). Em um segundo momento, pesquisaremos o riso, usando a parodização romântica do poema A Orgia dos Duendes, (assim como o nonsense). A essa altura, será lançada também a percepção de estranheza dos poemas em torno da perspectiva de ―paraíso‖ literário que o projeto edênico-nacional procurou disseminar. Elegeremos igualmente como base teórica a proposição da carnavalização de BAKHTIN (2013), completada pelos aportes de MINOIS (2013) e BERGSON (2001). Em um terceiro e último momento, será indagada a perspectiva do riso obsceno, tomando por base os poemas A Origem do Menstruo e O Elixir do Pajé. Esperamos finalmente demonstrar como Bernardo Guimarães utiliza-se com um tão grande êxito artístico, por meio da ironia, de temas considerados impróprios à poesia romântica canônica: a mulher, o índio, o burguês... Para enriquecer a discussão, serão convocados cá ou lá a testemunhar George Bataille e Octavio Paz. |