Hermenêutica dialógica entre o mito de Sísifo e o Bhagavad-Gitã

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Quellet-Simard, Alexis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Centro de Educação - CEDUC
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Interculturalidade - PPGLI
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/3643
Resumo: Esta dissertação se propõe a realizar uma interpretação do Mito de Sísifo e do Bhagavad-Gītā, a partir de uma perspectiva dialógica inspirada pelo trabalho de Paul Ricoeur. Essas duas obras podem ser vistas como metáforas que podem nos ajudar a guiar-nos nas inevitáveis provações que todo ser humano deve enfrentar no decorrer de sua vida. Este trabalho possibilita estabelecer conexões entre os vários conceitos desses dois trabalhos que pertencem a diferentes épocas e culturas. Uma analogia do discurso do Bhagavad-Gītā como um edifício de três andares, nos permitiu identificar as partes desse texto sagrado que poderiam ser úteis para a análise do Mito de Sísifo. Dentre outras coisas, a tomada de consciência, o desapego e a busca da felicidade profunda são pontos comuns em os dois trabalhos, a partir dos quais foi possível realizar uma hermenêutica dialógica. Além disso, a filosofia de ação apresentada no Bhagavad-Gītā, que propõe uma execução de tarefas acompanhadas de um desapego aos frutos do trabalho, pode ser útil para entender como Sísifo pode encontrar uma espécie de paz de espírito na execução de sua tarefa árida e sem esperança. A esse respeito, quando se considera que a atividade de Sísifo pode ser vista como uma forma de yoga, pode-se melhor imaginar como isso pode levá-lo ao tipo de felicidade que sente ao final do mito. Por fim, embora os deuses tenham um lugar importante nos dois textos, essa questão é abordada de maneira completamente diferente nos dois trabalhos, uma vez que o Bhagavad-Gītā apresenta um Deus Supremo absoluto, ao qual se deve submeter sem restrições, enquanto Camus propõe uma espécie de confronto com os deuses.